Trabalho, Previdência e Assistência

Comissão investigará contas do Conselho Federal de Enfermagem

Proposta prevê auditoria a cargo do Tribunal de Contas da União

15/07/2016 - 20:51  

Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados
Comemoração aos 70 Anos de Fundação do Serviço Social da Indústria (SESI). Dep. Hildo Rocha (PMDB - MA)
Hildo Rocha: o Cofen impediu uma auditoria no Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou proposta que prevê a realização de auditoria nas contas do atual presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Carlos Neri da Silva, tanto na gestão atual (2015-2018) quanto na anterior (2007-2012) para investigar a regularidade na aplicação de recursos públicos.

A auditoria está prevista na Proposta de Fiscalização e Controle 71/16, do deputado Hildo Rocha (PMDB-MA). Segundo Rocha, em agosto de 2015, o Cofen determinou intervenção no Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Maranhão (Coren-MA) no exato momento em que o órgão regional realizava auditoria nas contas de gestões anteriores, cujos diretores à época ocupam agora o Cofen. Rocha destacou ainda que a Justiça Federal concedeu liminar à atual diretoria do Coren-MA, assegurando sua permanência.

Transparência
Relator da proposta, o deputado Valtenir Pereira (PMDB-MT) defendeu a realização da auditoria. “Levando-se em conta que a intervenção do Cofen impediu a realização de auditoria, prejudicando a transparência dos atos e, ainda, que há precedentes que apontam problemas no sistema, julgo conveniente a realização da fiscalização”, disse Pereira.

O relator também concordou com a auditoria nas contas da presidente anterior do Coren-MA, Célia Maria Santos Rezende, na gestão 2012-2014.

Pereira lembrou ainda que, em 2005, uma operação da Polícia Federal prendeu 17 pessoas ligadas aos conselhos federal e regionais de Enfermagem, por denúncias de peculato, formação de quadrilha, homicídio, fraude em licitações, lavagem de dinheiro, interceptação não autorizada de comunicação telefônica e falsidade ideológica, tendo sido estimado, à época, um desvio de R$ 50 milhões.

Pelo texto aprovado, a fiscalização será realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que remeterá os resultados alcançados à comissão.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Pierre Triboli

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