Trabalho, Previdência e Assistência

Deputado questiona se investimentos da Funcef tiveram ingerência política

26/11/2015 - 12:01  

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O ex-diretor de investimentos e titular do conselho deliberativo da Fundação dos Economiários Federais (Funcef), Demósthenes Marques respondeu a questionamento do relator da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Sergio Souza (PMDB-PR), sobre contratos entre a Funcef e a Engevix.

Uma das empresas que pertenciam à Engevix, a Desenvix, do segmento de energias renováveis, tem como um de seus principais acionistas a Funcef, e foi acusada de pagar propinas para diretores da Petrobras.

O ex-diretor explicou que a entrada da Funcef na Desenvix foi baseada em projetos com recursos primários na empresa. “Tinha projetos atrativos e expectativas de rentabilidade futura e esses projetos precisavam de capital próprio”, disse.

“Menos de um ano depois dos aportes que fizemos, uma outra empresa da sociedade, uma empresa norueguesa, demostrou que o valor que conseguimos avaliar foi atrativo para carteira de investimentos da Funcef”, explicou Marques.

Sergio Souza rebateu e disse que o importante não é avaliar apenas o resultado final e, sim, se houve ingerência política para fazer determinados investimentos.

O relator também questionou o depoente sobre a aplicação da Funcef em fundos estruturados. Segundo Sergio Souza, quando o ex-dirigente entrou, a Funcef tinha R$ 181 milhões investidos em apenas dois fundos, e quando deixou a direção o volume subiu para R$ 4, 6 bilhões em 41 fundos estruturados. Ele questionou se, desses 41, algum deu prejuízo.

“O prejuízo só pode ser avaliado com precisão depois da saída, no final. Mas, temos uma rentabilidade de 18,6% ao ano”, explicou Marques.

O presidente da CPI, Efraim Filho (DEM-PB), afirmou que as mudanças na legislação vão permitir que, em 2016, haja a reversão da situação de déficit dos fundos de pensão. Segundo Efraim, há expectativa que o reequilíbrio das contas do fundo não pese sobre os aposentados e pensionistas. “O reequilíbrio vai acontecer para não sair dos bolsos dos beneficiados”, disse.

A reunião acontece no plenário 3.

Mais informações a seguir.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Mônica Thaty

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