Trabalho, Previdência e Assistência

Comissão aprova benefício a empresa que contratar ex-dependente químico

15/06/2012 - 18:27  

Saulo Cruz
Pastor Eurico
Pastor Eurico: isenção também poderá valer para empresa que contratar alcoólatra em abstinência.

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou na quarta-feira (13) proposta que concede isenção da contribuição previdenciária por um ano às empresas que recebem benefícios do governo para a reinserção social de ex-usuários de drogas e alcoólatras em abstinência.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Pastor Eurico (PSB-PE) ao Projeto de Lei 3079/11, do Senado. O novo texto incluiu os alcoólatras entre o público alcançado pela medida, uma vez que a redação original apenas fazia referências aos ex-usuários de drogas.

Pelo substitutivo, a indicação para a ocupação das vagas com isenção previdenciária será regulada pelas normas do Sistema Único de Assistência Social (Suas) de acordo com o seguinte:

- as empresas deverão articular a oferta das vagas com a coordenação do Suas de sua respectiva área geográfica;

­- o postulante à vaga deverá cumprir seu plano individual de atendimento, abster-se do uso de drogas ou álcool, atender aos requisitos de habilitação informados pela empresa e cumprir as normas da companhia.

O cumprimento do plano individual será atestado por servidor do órgão de assistência social pelo qual o processo de seleção é iniciado. O descumprimento das regras provoca a suspensão do benefício.

“O reconhecimento das pessoas que estão recuperadas do vício do álcool é importante, porque existem empresas que olham para o passado das pessoas e acham que um ex-dependente pode voltar ao vício e dar prejuízo”, declarou Pastor Eurico.

Atualmente, a Lei 11.343/06 autoriza a União, os estados e os municípios a conceder benefícios às instituições privadas que desenvolverem programas de reinserção no mercado de trabalho do usuário e do dependente de drogas encaminhados por órgão oficial.

Tramitação
O projeto, que tramita em regime de prioridade e em caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Rodrigo Bittar
Edição – Pierre Triboli

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