Trabalho, Previdência e Assistência

Câmara comemora 30 anos da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora

23/08/2011 - 16:58  

Luiz Cruvinel
Dep. Vicentinho (PT-SP)
Para Vicentinho, a Conclat fortaleceu outros movimentos trabalhistas.

Deputados destacaram as conquistas da classe trabalhadora e os desafios que ainda restam para a categoria, durante a sessão solene em homenagem aos 30 anos de realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat). O evento ocorreu entre os dias 21 e 23 de agosto de 1981, em Praia Grande (SP), com a participação de mais de 5 mil trabalhadores.

A sessão solene nesta terça-feira foi uma iniciativa do deputado Vicentinho (PT-SP). Ele ressaltou que a Conclat uniu a classe trabalhadora, em plena ditadura militar. Ele lembrou ainda que uma das principais resoluções do evento foi a criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o que ocorreria dois anos depois, em 1983. “Depois foram sendo criados outros movimentos que fortaleceram os trabalhadores”, relatou.

O presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou, em mensagem lida na sessão, que o evento foi uma “corajosa manifestação pelo fim da ditadura militar”, pela consolidação da democracia e por salários mais justos. Segundo Maia, “muito já se fez” pelos trabalhadores desde então, “mas ainda resta muito a fazer”. Um dos desafios, na sua visão, seria a qualificação profissional dos trabalhadores, diante dos avanços tecnológicos. “A Câmara haverá de cumprir o dever que lhe compete, de construir um Brasil mais próspero e menos desigual”, concluiu.

Bandeiras ainda atuais
Para o deputado Assis Melo (PCdoB-RS), as bandeiras da Conclat permanecem atuais e necessárias. Ele disse que os trabalhadores têm sofrido derrotas “inaceitáveis” na Câmara. “A Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), foi derrotada na Comissão do Trabalho”, informou. A resolução acaba com a demissão sem justa causa. “O movimento sindical tem que atuar com mais força naquela comissão”, complementou. Ele acrescentou que a pauta dos trabalhadores hoje envolve, por exemplo, a redução da jornada de trabalho e a regularização do trabalho terceirizado.

Os deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA) e Janete Rocha Pietá (PT-SP) também defenderam a aprovação da jornada de trabalho de 40 horas semanais sem redução de salários. Além disso, Pietá solicitou empenho do movimento sindical para aprovar o PL 6653/09, que combate a discriminação da mulher no mercado de trabalho. “Queremos trabalho e salário iguais, mas também queremos iguais oportunidades de promoção”, disse. Por sua vez, o deputado Assis Carvalho (PT-PI) pediu o fim do imposto sindical.

Da Redação/RM

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