Segurança

Estatuto anulou tendência de crescimento de homicídios, diz representante de ONG

13/05/2015 - 16:46  

O Estatuto do Desarmamento anulou a tendência de crescimento dos homicídios no País. A afirmação é do representante do instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, na audiência pública que debate o projeto que revoga o Estatuto (PL 3722/12), em tramitação na Câmara dos Deputados.

Ele citou os benefícios da aprovação do Estatuto, como o controle de vendas, a tipificação do crime de comércio ilegal de armas e a criação de elementos que facilitam a identificação das armas e munições. E criticou pontos do PL 3722. Um deles é a redução da pena para o comércio ilegal de armas.

"A quem será que isso interessa?", questionou Langeani.

Outro lado
Já o presidente do Movimento Viva Brasil, Bené Barbosa, citou dados do DataSUS para mostrar que desde a entrada em vigor do Estatuto, em 2003, não houve nenhuma diminuição significativa de homicídios, a principal razão para a sua aprovação, na época.

"O Brasil tem hoje o maior número bruto de homicídios do mundo. O País se encontra muito menos seguro do que ele era antes do Estatuto", afirmou Barbosa, para quem o Estatuto não trouxe nenhum benefício real.

Ele disse que a sociedade nunca esteve ao lado dos "desarmamentistas" e quer, sim, ter direito de comprar e portar armas. Ele lembrou que, em 2005, cerca de 59 milhões de pessoas votaram a favor da comercialização das armas e munições, no referendo realizado com base em previsão do próprio Estatuto. Esse número representou quase 64% dos votos válidos.

Bené Barbosa foi o último dos convidados a falar. Neste momento começa a participação dos deputados na audiência pública.

O debate prossegue no plenário 14.

Reportagem - Janary Júnior
Edição - Newton Araújo

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