Saúde

Campanha da Câmara alerta para o risco de doenças renais

Deputado lembra que falta de informação pode levar a doença, que é silenciosa, a níveis críticos

14/03/2017 - 11:33  

Pelo terceiro ano consecutivo, a Câmara realizou campanha de conscientização sobre doenças renais. Estima-se que hoje, no Brasil, a enfermidade afete um em cada cinco homens e uma em cada quatro mulheres com idade entre 65 e 74 anos, sendo que metade da população com 75 anos ou mais sofre com algum grau da doença.

A doença renal é silenciosa, mas alguns sintomas devem ser levados em conta, como o aumento ou diminuição no volume da urina, alteração na cor ou presença de espuma, o aumento da pressão arterial, inchaço, e falta de apetite.

Se houver alguma alteração, alerta a presidente da Associação Brasileira de Nefrologia, Carmen Tzanno, deve-se procurar um posto de saúde para a realização de exames. "Os exames são exames muito simples que é o exame de urina para detectar presença de sangue, de proteína na urina, creatinina”, lista a médica. “A creatinina é um produto do metabolismo dos nossos músculos, a gente produz todos os dias e o rim elimina essa substância. Quando o rim não funciona bem essa substância se acumula no sangue, então é um sinal de que você está tendo um problema renal", explica.

Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Reunião Ordinária. Dep. Vinicius Carvalho (PRB-SP)
Vinícius Carvalho defende campanha para prevenir doenças renais crônicas, que atingem 10% da população mundial

Um dos vice-presidentes da Frente Parlamentar de Incentivo à Captação e à Doação de Órgãos, deputado Vinícius Carvalho (PRB-SP), lembra que a informação pode evitar que a pessoa desenvolva doenças renais. “Muitas pessoas no Brasil têm problemas de rins e ainda não diagnosticaram. E quando tiverem um diagnóstico o quadro pode ser irreversível", afirma ressaltando a importância de campanhas de conscientização.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que 10% da população mundial sofrem com doença renal crônica. Os mais vulneráveis são os hipertensos, os diabéticos, os idosos, os obesos e pessoas com histórico familiar da doença.

A detecção precoce pode evitar que o paciente tenha que fazer tratamentos mais complexos como hemodiálise.

Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Natalia Doederlein

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