Câmara participa do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais
Desta segunda (25) até sexta-feira (29), prédio do Congresso Nacional receberá iluminação amarela para alertar sobre a importância da prevenção e dos cuidados com essas doenças
25/07/2016 - 18:46 • Atualizado em 27/07/2016 - 16:52
Nesta semana, a iluminação do prédio do Congresso Nacional ganha tonalidade amarela para lembrar o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado em 28 de julho. Instituída em 2010 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data é vista como uma oportunidade de chamar a atenção para o tema e de aumentar a conscientização da sociedade em relação a essas doenças.
A iluminação especial do Congresso tem início nesta segunda-feira (25) e se estende até sexta (29).
Sintomas
As hepatites virais são doenças infecciosas que afetam o fígado e são classificadas por letras do alfabeto: A, B, C, D e E. Os sintomas mais comuns são cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No entanto, em grande parte dos casos, as hepatites virais são silenciosas e os sintomas só aparecem quando a doença já está em estágio mais avançado. Por isso a importância de fazer os exames de rotina que detectam os vários tipos de hepatite.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que milhões de brasileiros são portadores do vírus B ou C sem que tenham conhecimento. As duas variações da doença podem evoluir e causar danos graves ao fígado, como cirrose e câncer.
Os vírus que causam as hepatites diferem entre si, com evolução e tratamentos específicos. Para as hepatites A e B, há vacinas disponíveis na rede pública. Não há vacina para a hepatite C.
Contágio
As formas de contágio também variam. A hepatite A é transmitida pelo contato com pessoas doentes ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Já as hepatites B e C são transmitidas por contato sexual ou contato com o sangue contaminado.
Os testes para detecção das hepatites virais estão disponíveis na rede pública, que também oferece tratamento gratuito para a doença.
Diagnóstico
A hepatologista do Hospital de Base do Distrito Federal Liliana Mendes afirmou que divulgar o perigo desta doença silenciosa é importante não só para a população, mas também para que a classe médica possa requerer com maior frequência exames para diagnosticar a doença, principalmente na faixa etária acima de 40 anos.
"Se você não pedir o teste correto, você pode ter enzimas do fígado normais ou pouco alteradas e o vírus estar ali e você não saber”, afirmou.
O deputado Odorico Monteiro (Pros-CE), membro da Frente Parlamentar Mista de Combate às Hepatites Virais, ressaltou que a promoção da saúde precisa envolver o Estado e a sociedade. "Eu considero da maior importância o envolvimento da Câmara nessa mobilização”, disse.
Para o parlamentar, também é necessário incentivos à ciência para produzir conhecimento sobre a doença.
Da Redação - LC