Saúde

Governo diz que está atento para o desabastecimento de penicilina no País

29/09/2015 - 15:21  

O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, garantiu que o governo tem atuado para resolver o desabastecimento de penicilina. “Estamos solicitando a ampliação da produção e da distribuição em todo o território nacional. Estamos comprando da Organização Pan-Americana da Saúde a penicilina para uso no combate à sífilis”, informou.

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Audiência pública para discutir a crise de assistência farmacêutica no Sistema Único de Saúde, especialmente o desabastecimento de penicilina benzatina nas unidades de saúde do Brasil. Diretora Adjunta do departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Schwartz Benzaken
Adele Benzaken: só neste ano, foram feitos mais de um milhão de testes que identificam a sífilis congênita e que confirmam a epidemia da doença no Brasil.

Ele disse que no começo de 2016 cerca de dois milhões de frascos estarão disponíveis para serem distribuídos no País. Outra ação do governo, segundo o diretor, é a compra, por dispensa de licitação, de 700 mil frascos do produto para entrega imediata nos próximos 30 dias.

Testes
De acordo com a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatite Virais do Ministério da Saúde, Adele Shwartz Benzaken, houve um aumento de testes que identificam a sífilis congênita e que confirmam a epidemia da doença no Brasil. “Só neste ano, foram feitos mais de um milhão de testes”, informou.

Ela destacou que o desabastecimento da penicilina tem contribuído para o aumento de mortes por sífilis congênita no País. Segundo a diretora, 41% dos estados estão com estoque zero do produto e 59% já relatam algum tipo de desabastecimento.

Providências
Adele Benzaken afirmou que o governo vem tomando providências há cerca de dois anos, quando foi identificado o aumento de sífilis congênita no Brasil. Entre as estratégias adotadas em várias cidades do País, estão campanhas; criação de comitês regionais de investigação; observatórios regionais; cadernos de boas práticas e atenção básica; pareceres de entidades médicas; e conselhos de enfermagem para controlar a epidemia.

Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Regina Céli Assumpção

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