Recursos para saúde diminuem progressivamente, diz promotor
10/09/2015 - 21:33
Bisol participou, nesta quinta-feira (10), de audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, que discutiu os problemas da hemofilia no Brasil.
Outra preocupação de Jairo Bisol é que o tratamento de hemofilia oferecido pelo Sistema Único de Saúde não é padronizado no País, o que leva muitos brasileiros a entrar com ações na Justiça exigindo acesso a tratamentos. Segundo o promotor, isso ocorre, principalmente, pelo fato de a saúde nunca ter estado entre as prioridades de qualquer governo brasileiro. "A judicialização é produto da não efetivação da política pública. Essa não efetivação não é culpa da falta de vontade do Ministério da Saúde, por exemplo. Isso ocorre, na verdade, por que nesses mais de 20 anos de SUS, o Ministério da Saúde não é a força hegemônica.”
Avanços
Em contrapartida, o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, João Paulo Araújo, ressaltou que o País teve grandes avanços na oferta de medicamentos para a hemofilia, e que para o ano que vem a oferta será ainda maior, mesmo com os cortes orçamentários que a saúde brasileira vem sofrendo.
O deputado Paulo Foletto (PSB-ES), que solicitou a realização da audiência pública, se mostrou otimista quanto aos desdobramentos futuros do tratamento de hemofilia. "Nós colocamos a comissão como ponto de convergência de todos os atores envolvidos, tanto para quem tem queixa, quanto para quem tem a solução do problema. Esperamos que, daqui para frente nós possamos inaugurar um novo patamar de relacionamento entre os atores, para que possamos solucionar os problemas", disse.
Foi acertado durante a audiência que a Comissão de Seguridade Social vai visitar as instalações da Hemobras, em Brasília.
Reportagem - Pedro Campos
Edição - Sandra Crespo