Relações exteriores

Assistência a migrantes venezuelanos será tema de audiência nesta tarde

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, desde o início de 2017, 40 mil venezuelanos já cruzaram a fronteira com o Brasil, um contingente que corresponde a mais de 10% da população da capital, Boa Vista.

17/04/2018 - 09:03  

Felipe Larozza/Cáritas Brasileira
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Atualmente, estima-se que 800 venezuelanos entrem em Roraima todos os dias

A comissão mista que analisa a Medida Provisória 820/18 reúne-se nesta tarde para ouvir representantes dos ministérios da Saúde, da Defesa, da Justiça e dos Direitos Humanos. A MP prevê acolhimento a migrantes que vieram para o Brasil por conta de crises humanitárias em seus países e foi editada devido ao grande número de venezuelanos que estão em Roraima. 

A audiência será realizada às 14 horas, no plenário 9, da ala Alexandre Costa, no Senado, com transmissão interativa.

Controle da fronteira
O relator da MP, deputado Jhonatan de Jesus (PRB-RR), tem acompanhado de perto as consequências da migração em massa para seu estado. Ele diz que os moradores cobram providências para conter o número de estrangeiros que atravessam a fronteira. "O pedido da população é fazer um bloqueio seletivo, mas não fechar a fronteira", informou.

Já a vice-presidente da comissão, deputada Bruna Furlan (PSDB-SP), compara o fluxo migratório em Roraima à situação que aconteceu a partir de 2010 no Acre com a chegada de centenas de haitianos devido ao terremoto que devastou o país. "Nós estamos com muita esperança de que o Exército, de que a Polícia Federal, de que a classe política de Roraima tenha condições de proteger a fronteira, mas também ter um olhar humanitário pra toda essa situação", defendeu.

Na sexta-feira passada, a governadora de Roraima, Suely Campos, ingressou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para fechar temporariamente a fronteira com a Venezuela . Ela alega que o ingresso de venezuelanos sobrecarregou o sistema de saúde de Boa Vista, capital de Roraima, e aumentou os índices de criminalidade.

Da Redação - ND

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