Relações exteriores

Deputado venezuelano busca apoio para investigar corrupção envolvendo Odebrecht

07/03/2017 - 20:05  

Leonardo Prado / Câmara dos Deputados
(E) Dep. Claudio Cajado (DEM-BA) recebe a visita do deputado venezuelano, Juan Guaindó
Deputado Cajado (E), Corregedor Parlamentar da Câmara, e o deputado venezuelano Juan Guaidó, do Partido Voluntad Popular

O Corregedor Parlamentar da Câmara dos Deputados, Claudio Cajado (DEM-BA), recebeu nesta terça-feira (7) o presidente da Comissão de Controladoria da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado Juan Guaidó, do Partido Voluntad Popular.

O objetivo da visita foi solicitar apoio para o trabalho de investigação de supostos atos de corrupção cometidos por servidores públicos venezuelanos em contratos com a construtora Odebrecht. Para Guaidó, este momento de combate à corrupção é importante para o fortalecimento da democracia não somente na Venezuela, mas em toda a América do Sul.

Informações
Durante o encontro, Cajado explicou como atua a Corregedoria da Câmara. “Passamos a ele os instrumentos de que a corregedoria dispõe para traduzir na conduta parlamentar a expectativa que a sociedade tem do comportamento dos integrantes do Legislativo”, disse.

“A Venezuela vive um momento conturbado, extremamente difícil no sentido do fortalecimento da democracia. A visita do deputado Juan Gauidó foi não somente para conhecer nossa experiência, mas também pedir apoio para as dificuldades institucionais por que eles passam, principalmente na averiguação dos casos que estão tendo aqui sequenciados na Operação Lava Jato”, afirmou o deputado.

Riscos
“Em nosso país não existe independência de poderes públicos e por isso nos encontramos em uma situação de risco real de extravio de importantes dados relativos à referida investigação”, esclareceu Guaidó, para quem essa ameaça se daria devido à possibilidade de envolvimento das mais altas autoridades do Ministério Público da Venezuela.

Segundo Guaidó, a comissão presidida por ele vai investigar sobretudo cinco obras que estão atrasadas entre cinco e sete anos. Os investimentos somam 16 milhões de dólares.

Da Redação - RM
Com informações da Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.