Relações exteriores

Deputados e diplomatas discutem importância da relação Brasil-Líbano

05/08/2015 - 21:16  

Nilson Bastian / Câmara dos Deputados
Reunião do Secretário de Comunicação Cleber Verde com o grupo parlamentar Brasil-Líbano
Na Câmara, 44 deputados são descendentes de libaneses.

O secretário de Comunicação da Câmara, deputado Cleber Verde (PRB-MA), recebeu nesta quarta-feira (5) o embaixador do Brasil no Líbano, Jorge Karde, o embaixador do Líbano no Brasil, Joseph Sayah, e o presidente da Frente Parlamentar Brasil-Líbano, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), para discutirem a importância da relação entre os dois países, principalmente no âmbito comercial.

Há mais libaneses no Brasil do que no próprio Líbano – país que tem 3 milhões de habitantes, enquanto os descendentes e imigrantes residentes no Brasil são em torno de 8 a 10 milhões.

Na Câmara, 44 deputados são descendentes de libaneses, como o primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), que enfatizou a representatividade da bancada no contexto do mundo árabe. "Para nós, essa relação é fundamental, até porque o mundo árabe sempre vive muito fervilhante, com muita disputa de espaço, muita disputa de terra, e o Brasil é um país que tem a característica de colocar 'algodão nos cristais', então a gente tem uma presença muito forte nessa região", afirmou.

Cleber Verde disse que o encontro faz parte dos esforços da frente parlamentar para estreitar as parcerias entre os dois países, incluindo cooperação legislativa. "Esse grupo de amizade tem o propósito de estreitar as relações econômicas e parcerias em todos os níveis que permita um entendimento cada vez maior entre os países", disse.

Os deputados Miguel Haddad e Eduardo Cury, ambos do PSDB-SP, também descendentes de libaneses, afirmaram que a principal característica do imigrante libanês é o empreendedorismo, muito bem-vinda para o crescimento do Brasil.

Relações comerciais
O embaixador brasileiro no Líbano, Jorge Karde, acredita que a aproximação com os países árabes é importante para a política econômica do governo brasileiro. "A aproximação é um trabalho que precisa ser incentivado", disse.

O embaixador libanês, Joseph Sayah, se considera “meio brasileiro” e espera que o Itamaraty apresente mais projetos de relações comerciais entre os dois países.

A Frente Parlamentar Brasil-Líbano completa 36 anos de existência no próximo mês, quando o grupo foi reconhecido como serviço de cooperação interparlamentar.

O coordenador do grupo, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), lembrou que em 2015 esteve mais uma vez no Oriente na missão de melhorar o relacionamento Brasil-Líbano. "A questão dos voos internacionais, o comércio entre os dois países como a importação do azeite e a exportação do palmito para lá, o comércio, isso vem das raízes, desde os fenícios com o intercâmbio de mercadorias, e hoje os libaneses fazem parte da cultura brasileira", destacou Izar.

Da Redação

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