Política e Administração Pública

Túlio Gadêlha quer atuar em prol dos sem-terra, sem-teto e populações negra e LGBT

17/10/2018 - 12:28  

Divulgação/Facebook
Deputados S - Z - Tulio Gadelha
Túlio Gadêlha:  prioridade serão as pessoas que estão invisíveis aos olhos do Estado e que são as que mais precisam dele

Eleito deputado por Pernambuco com 75,6 mil votos, o advogado Túlio Gadêlha (PDT), 30 anos, pretende exercer um mandato “pautado em causas sociais”.

“A gente tem uma atuação voltada para o trabalhador do campo, os sem-terra, moradores de rua, para a população LGBT, para a população negra”, disse. “Nesses próximos quatro anos, vamos pautar como prioridade essas pessoas que estão invisíveis aos olhos do Estado e que são as que mais precisam dele”, completou.

Gadêlha avalia as cotas para negros e indígenas como fundamentais no momento atual do País. "Temos uma dívida histórica com essas populações, e essa é uma forma de se compensar um pouco dessa dívida", afirmou.

O deputado eleito destaca que exercerá o mandato com autonomia, já que não teve financiamento de empresários. O maior doador do deputado eleito foi a direção nacional de seu partido, PDT, com R$50 mil. A apresentadora Fátima Bernardes, da TV Globo, namorada do eleito, foi a maior contribuinte individual da campanha, com R$ 5 mil.

Comissões prioritárias
Túlio Gadêlha pretende atuar nas comissões de Educação; de Cultura; e de Trabalho, de Administração e Serviço Público – após, ressalta, discutir com os outros 27 deputados eleitos pelo PDT. "Sem educação, a gente não muda nada", justificou. “A gente conhece o momento atual que o País vive, o índice de desemprego, e tem discutido políticas públicas que possam incentivar o mercado a crescer”, acrescentou.

Filiado ao PDT desde 2007, ele já se candidatou a deputado federal em 2014, mas não se elegeu.

Democracia participativa
Um dos mais jovens deputados da nova Câmara, ele acredita que “a única saída para se renovar a política é participar da política”. Por isso, defende uma democracia mais participativa, “em que o cidadão possa se engajar nas diversas instâncias de participação social, como conferências e audiências públicas, conselhos”.

“A gente necessita criar na sociedade uma consciência coletiva, que ainda é muito fragilizada hoje”, acrescentou.

Redução da maioridade penal
Em entrevista à Agência Câmara, Gadêlha comentou ainda a proposta de redução de maioridade penal (PEC 171/93), já aprovada pela Câmara e em análise no Senado. O tema voltou à discussão no debate para a eleição presidencial. “Sou absolutamente contra, porque nossos presídios e cadeias estão superlotados e não existe um trabalho de ressocialização eficaz nesses espaços”, argumentou. "Colocar os jovens ali dentro é fomentar na cabeça deles o crime", opinou.

Reportagem – Lara Haje
Edição – Rachel Librelon

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