Política e Administração Pública

Em Plenário, deputados mineiros protestam contra leilão de usinas da Cemig

27/09/2017 - 15:35  

Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
Homenagem aos Cinquenta Anos da Morte do Grande Escritor Mineiro João Guimarães Rosa. Dep. Fábio Ramalho (PMDB - MG)
Fábio Ramalho, coordenador da bancada de Minas

Deputados mineiros protestaram, em Plenário, contra o leilão das quatro usinas hidrelétricas operadas pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). As concessões das usinas se encerraram neste ano e, por determinação judicial, voltaram ao controle da União.

O primeiro-vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), criticou o governo por não cumprir acordo com os parlamentares. Segundo ele, o governo prometeu não vender a hidrelétrica de Miranda até que a Cemig conseguisse se capitalizar e pagar R$ 1,1 bilhão até 15 dezembro, voltando a operar a usina.

Ramalho, que também é coordenador da bancada mineira, protestou contra o leilão e disse que a bancada mineira reagirá ao governo de Michel Temer. “Desmereceram Minas! Nós não temos compromisso de votar com o governo”, disse o deputado, para quem o atual governo não tem mais condições de aprovar a reforma da Previdência (PEC 287/16).

O deputado Édson Moreira (PR-MG) também criticou a venda e afirmou que o valor arrecadado foi irrisório. “Uma mixaria. O trabalho todo da Hidrelétrica de São Simão foi vendido para os chineses. A Cemig perdeu 37% da capacidade de geração com esse leilão realizado por quebra de contrato.”

Leilão
Nesta manhã, o governo federal arrecadou R$ 12,1 bilhões com o leilão de quatro usinas hidrelétricas operadas pela Cemig. O montante será usado pelo governo para tentar fechar as contas deste ano, com deficit previsto de R$ 159 bilhões.

“Resgatamos definitivamente a confiança do mundo no Brasil”, disse o presidente Michel Temer, citando o resultado acima da expectativa do mercado. O valor mínimo previsto pelo edital era de R$ 11 bilhões.

Refis
Neste momento, o Plenário analisa a medida provisória que abre prazo para nova renegociação de dívidas com a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (MP 783/17), o novo Refis. A proposta prevê abatimento de juros e multas na nova renegociação.

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Reportagem - Luiz Gustavo Xavier
Edição - Ralph Machado
Com informações da Agência Brasil

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