Política e Administração Pública

Solidariedade defende redução da idade mínima na reforma da Previdência

16/02/2017 - 16:49  

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Reunião ordinária para discussão e votação do parecer do relator, dep. Evandro Roman (PSD-PR). Dep. Aureo (SD-RJ)
Aureo:partido quer priorizar votação de projetos apresentados por deputados

O Solidariedade vai tentar a redução da idade mínima para aposentaria, prevista na reforma da Previdência enviada pelo Executivo. “O que o governo apresentou é desumano. Ter uma pessoa se aposentando com 65 anos de idade, quando a expectativa de vida é 75,5 anos. O Solidariedade é contra o texto do governo”, disse o novo líder do partido, deputado Aureo (RJ).

Segundo o líder, o ideal é estabelecer diferentes idades mínimas para mulheres (58 anos) e homens (60 anos).

Aureo também defende a necessidade de avanços na reforma política, em especial na cláusula de barreira e no financiamento das eleições. “Hoje no Parlamento temos muitos partidos. E isso dificulta até a votação de algumas matérias, porque há orientações que têm que ser dadas.”

Empresário, Aureo está em seu segundp mandato como deputado federal e é, desde 2011, o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Telecomunicações.

Leia abaixo a entrevista concedida pelo novo líder:
Quais as prioridades do partido para este ano?
Nossa prioridade é discutir e debater bem a questão da reforma da Previdência e da reforma trabalhista. O que o governo apresentou na reforma da Previdência é desumano. Ter uma pessoa se aposentando com 65 anos de idade. A expectativa de vida é de 75,5 anos. Você só vai gozar dez anos da sua aposentadoria. Então, o Solidariedade é contra a reforma, contra o texto do governo. Sabemos que temos que aprovar várias reformas. Só que apresentamos uma proposta de emenda à Constituição modificando, prevendo ali aposentadoria para mulher aos 58 anos e para homem aos 60 anos. Precisamos de várias discussões para que possamos melhorar o texto apresentado pelo governo.

Na sua avaliação, a reforma política vai resultar em algo para valer já em 2018?
Acho que tem que avançar. Hoje, no Parlamento, temos muitos partidos. E isso dificulta até a votação de algumas matérias, porque há orientações que têm que ser dadas. Então, vamos ter que discutir essa questão dos partidos, da cláusula de barreira, do financiamento das eleições. Hoje, é muito difícil fazer eleições no Brasil. Todo mundo tem uma grande suspeita em relação ao processo eleitoral. Mas temos que avançar nesse campo, avançar no debate. Com certeza, melhorar o sistema eleitoral do Brasil. A reforma política se faz necessária nesse momento e precisa ser discutida agora.

O que o partido defende de projetos da própria Câmara? O que vai priorizar?
Acho que hoje a Câmara está recheada de projetos importantes para o cidadão brasileiro. Primeiro, estamos defendendo no Colégio de Líderes a aprovação de projetos de deputados. O deputado vem, apresenta o projeto, e poucos deles esta Casa aprova. Então, queremos fortalecer o Parlamento aprovando propostas de parlamentares, fortalecendo aqui cada trabalho regional, cada bancada, para que tenham suas propostas analisadas e votadas. E debater bem alguns temas que precisam ser discutidos no Brasil. Estamos vivendo um momento que é de greve de policiais militares, esse momento da segurança pública no Brasil é insustentável. Então, precisamos debater essa questão para trazer soluções. E também precisamos recuperar a economia de nosso País. 

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Reportagem - Tiago Miranda
Edição - Rosalva Nunes

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