Política e Administração Pública

Após 3 horas, testemunhas do processo de impeachment ainda não começaram a ser ouvidas

25/08/2016 - 12:43  

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Após de mais de três horas da sessão final de julgamento do pedido de impeachment da presidente da República afastada, Dilma Rousseff, as oito testemunhas ainda não começaram a ser ouvidas. Os senadores acabaram de fazer as chamadas questões de ordem – instrumento utilizado pelos parlamentares para suscitar dúvidas a respeito de interpretação ou aplicação do regimento da Casa em caso concreto.

Há pouco, a sessão foi suspensa, de acordo com o cronograma previsto, e será retomada às 14 horas.

O senador José Medeiros (PSD-MT) acusou os aliados da presidente Dilma de estarem protelando o processo, apresentando questões de ordem repetidas. Ele disse que se trata de “chicana”. O senador Lasier Martins (PDT-RS) afirmou que o mérito da acusação não poderia estar sendo discutido nesta fase da sessão. Já o senador Agripino Maia (DEM-RN) pediu que o roteiro acordado para a sessão fosse seguido.

Mudança na acusação
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fez questão de ordem contra a “mudança do libelo acusatório” que teria sido feita pelo relator do processo na Comissão Especial de Impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). O advogado de defesa da presidente Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, concordou que houve mudança no teor da acusação, ao acrescentar que Dilma deveria ter pagado, em 2015, dívidas com os bancos oficiais de 2008.

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), no entanto, argumentou que não houve inclusão de fatos novos, e sim contextualizações.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, considera que se trata de questão de mérito, que terá de ser avaliada pelos senadores.

Valores dos decretos
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou questão de ordem afirmando que não há causa para o crime de responsabilidade nem para o processo em pauta.

Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) questionou os reais valores dos decretos de crédito suplementar assinados pela presidente Dilma sob suspeita e ressaltou que muitos outros presidentes fizeram decretos de crédito suplementar.

Lewandowiski negou as questões, dizendo que se confundem com o mérito.

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Reportagem - Lara Haje
Edição - Natalia Doederlein

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