Política e Administração Pública

Silvio Costa chama Temer de “conspirador”; Dâmina critica governo e defende impeachment

11/04/2016 - 19:11  

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Sob protestos de integrantes da comissão especial do impeachment, o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), que é vice-líder do governo, mostrou o áudio que o vice-presidente da República, Michel Temer, mandou a parlamentares do PMDB. A gravação foi publicada nesta tarde pelo jornal Folha de S. Paulo.

Costa chamou Temer de “o maior traidor do Brasil”. “Está dizendo que já está resolvido o voto, já está treinando o discurso de posse. Este é o homem que está tentando ser presidente”, criticou. “Quero mostrar ao Brasil o homem que está tentando, no próximo domingo, ser presidente do Brasil. É o maior conspirador, maior traidor do Brasil”, continuou.

Silvio Costa é um dos últimos lideres a discutir o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a investigação da presidente Dilma por crime de responsabilidade em virtude da abertura de créditos suplementares via decreto presidencial, sem autorização do Congresso Nacional; e por adiar repasses para o custeio do Plano Safra, obrigando o Banco do Brasil a pagar benefícios sociais com recursos próprios - o que ficou conhecido como pedalada fiscal.

O vice-líder governista declarou que os deputados favoráveis ao impeachment serão considerados pela História como “algozes da democracia” e que agem tomados por ódio. “Essa é uma sessão que rasga a Constituição do País”, disparou. Ele reconheceu que a maioria da comissão deverá ser favorável ao prosseguimento do processo de impeachment.

PSL
Em nome da liderança do PSL, a deputada Dâmina Pereira (MG) afirmou que as pedaladas fiscais são crimes cometidos contra as minorias e que a presidente da República deve ser julgada. “É dever impedir que um governante afunde um País”, defendeu. “Quem sofre as consequências são os mais simples, iludidos por um governo que diz que protege os mais pobres, mas não o faz”, criticou.

A deputada minimizou o fato de a presidente Dilma ter sido eleita pela maioria da população, frequente argumento usado pelos contrários ao impeachment. “Foi um governo eleito pela ilusão de ter propostas para mudar o País, porém originadas em artimanhas contábeis contrárias à Lei de Responsabilidade Fiscal”, comentou.

A comissão segue reunida no plenário 1.

Mais informações a seguir.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Marcelo Oliveira

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