Para líder do PTN, impeachment é revanchismo eleitoral
11/04/2016 - 17:40
O líder do PTN, deputado Bacelar (BA), disse há pouco que o relator do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), não conseguiu, em momento algum, mostrar que a presidente tenha agido com má-fé para justificar seu impedimento pela prática de crime de responsabilidade.
“E não conseguiu porque não se pode provar o que não existe. Nunca existiu dolo da presidente da República. O que temos é uma atitude de revanche eleitoral”, declarou.
Bacelar acrescentou que, desde o resultado das útlimas eleições, a oposição vem tentando reverter a vontade das urnas. “Primeiro, pediram a recontagem de votos. Agora, estão impugnando a aprovação das contas da presidente”, apontou. Para Bacelar, essas ações são manobras “de um grupo que quer tomar o poder no grito”.
“Não é a queda de popularidade que leva ao impedimento da presidente. Aliás, se fosse isso verdade, deveria haver o impeachment de boa parte dos integrantes do Congresso, porque não há instituição com mais baixa popularidade do que o Congresso”, completou o líder.
PRB
Por sua vez, o deputado Aluisio Mendes (MA), vice-líder do PRB, afirmou que a bancada do partido na Câmara está profundamente dividida e cada deputado está liberado para votar como quiser.
“Nossa executiva nacional defende publicamente o impeachment e é acompanhada por grande parte da bancada. Mas a outra parcela é contra o afastamento e é essa posição em que me encontro”, disse.
Ao defender posição contrária ao afastamento de Dilma Rousseff, Mendes disse que nunca votou no PT, assumindo voto em Aécio Neves na última eleição. “Se aqui fosse analisado o impedimento por má gestão ou por perda de popularidade, eu votaria sim. Mas por crime de responsabilidade, não”, comentou Mendes, revelando que votará com sua consciência, mesmo tendo a própria esposa pensando diferente dele.
A comissão segue reunida no plenário 1.
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Reportagem – Murilo Souza
Edição – Marcelo Oliveira