Política e Administração Pública

PDT critica relatório de impeachment, que tem voto favorável do PTB

11/04/2016 - 17:02  

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O líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), disse que o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda a abertura de processo contra a presidente Dilma Rousseff, “não tem razão de ser e de existir”. “Tenho certeza de que nós não vamos permitir essa tentativa violenta de se tirar um mandato de uma presidente eleita”, disse.

Ele ressaltou que o partido tem críticas em relação à condução do governo, mas, ainda assim, não concorda com o impeachment. E que a gênese desse processo está no resultado das urnas em 2014. “Houve inconformismo de quem perdeu as eleições e falha de quem ganhou, que não construiu um diálogo”, avaliou.

O deputado Flávio Nogueira (PDT-PI) chamou de “muro da vergonha” a barreira que dividiu a Esplanada dos Ministérios ao meio para separar os manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Contrário ao impeachment, ele falou do medo de que os programas sociais serão extintos. “De um lado, do lado dos favoráveis, temos a direita, financiados pela Avenida Paulista”, disse.

Ele considerou atuais as palavras do ex-governador da Guanabara, Carlos Lacerda, inimigo político de Getúlio Vargas e protagonista da queda do ex-presidente, em referência à atitude da oposição desde o resultado das urnas. “Não pode ser candidato. Se for, não pode ser eleito. Se eleito, não pode tomar posse. Se tomar posse, não pode governar”, comentou.

Para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o relatório será aprovado na comissão e no Plenário. O partido votará favoravelmente. “Esse país está à deriva e não pode continuar”, afirmou. Ele acusou a presidente Dilma Rousseff de ganhar as eleições com base na fraude, já que presidente assumiu e cortou direitos dos trabalhadores para fazer o ajuste fiscal. “Essa Casa precisa entrar em sintonia com as ruas e mostrar o que temos que fazer: impeachment já”, declarou.

Já o deputado Luiz Carlos Busato (PTB-RS) criticou a política de empréstimos do governo, as denúncias de fraudes nos fundos de pensão, as denúncias contra inscrições em programas de reforma agrária e as denúncias contra a Petrobras. “O PT, nesses 13 anos, quebrou o País, e agora quer enganar a população dizendo que não sabe, se não viu, que é golpe”, criticou.

Ele afirmou que o relatório do deputado Jovair comprova que houve crime de responsabilidade na edição de decretos de créditos orçamentários sem o aval do Congresso e no atraso de repasses para que o Banco do Brasil pagasse benefícios do Plano Safra, obrigando o banco a usar recursos próprios – as chamadas pedaladas fiscais.

A comissão segue reunida no plenário 1. 

Mais informações a seguir.

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Reportagem – Carol Siqueira
Edição - Mônica Thaty

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