Política e Administração Pública

CPI dos Fundos de Pensão terá mais 30 dias para concluir trabalhos

03/03/2016 - 16:36  

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão foi prorrogada por mais 30 dias. O colegiado havia pedido a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias, mas o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, concedeu apenas 30, uma vez que a CPI ainda teria até o dia 19 de março para trabalhar, prazo que já havia sido prorrogado no final do ano. O novo prazo para a aprovação do relatório final deve ser dia 18 de abril.

O despacho do presidente ainda pode ser alterado pelo Plenário, mas os deputados de oposição dizem que vão trabalhar com esse prazo, e tentar apressar as investigações. “A decisão foi correta, e no passado já houve prorrogações assim na Câmara, precisamos desse tempo para dar resposta à população e em especial aos beneficiários desses fundos de pensão”, defendeu o deputado Paulo Azi (DEM-BA).

Deputados da oposição querem mais tempo para provar que houve influência política nos investimentos que causaram prejuízos aos fundos de pensão. Contrários à CPI, deputados do PT tentaram impedir a prorrogação porque acreditam que a comissão vai se desviar do foco da investigação e se torne "palanque político".

A CPI deve ouvir novamente os presidentes dos quatro fundos de pensão investigados, para confrontá-los com os dados que os integrantes do colegiado recolheram durante seus trabalhos. “Eles deram declarações aqui, no início dos trabalhos, mas muitas delas estão sendo contestadas, e será fundamental ouvi-los antes do encerramento dos trabalhos”, explicou Azi.

A CPI investiga as operações de quatro fundos: Funcef (Caixa), Postalis (Correios), Petros (Petrobras) e Previ (Banco do Brasil). Em 2015, esses fundos de pensão tiveram um prejuízo estimado em R$ 30 bilhões. Os empregados das estatais poderão arcar com parte disso.
 

Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Newton Araújo

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