Política e Administração Pública

Eduardo Cunha diz que está confiante na Justiça e não vai renunciar

15/12/2015 - 15:52  

Gustavo Lima / Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) concede entrevista
Cunha: É sinal de que ainda não tinham prova contra mim

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse há pouco que é inocente, está tranquilo e confiante na Justiça, e descartou a possibilidade de renúncia.

Cunha disse estranhar a operação de busca e apreensão em sua casa ocorrida nesta manhã e atribui a ação a um possível revanchismo diante da sua decisão de aceitar o pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Ele ressaltou, entretanto, que operações como essa fazem parte dos procedimentos normais de investigação da Polícia Federal.

“É sinal de que ainda não tinham prova contra mim”, enfatizou, mas disse estranhar o fato de a ação ter acontecido no dia em que o Conselho de Ética se reunia para analisar o novo relatório sobre o seu processo de cassação e às véspera do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o rito de impeachment.

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira 53 mandados de busca e apreensão expedidos pelo STF, referentes a 7 processos instaurados a partir da Operação Lava Jato. Entre os locais, estava a residência oficial do presidente da Câmara.

PMDB
O presidente disse estranhar, também, o fato de a operação ter sido concentrada no PMDB, “quando se sabe que o PT é o centro das denúncias que envolvem a Petrobras”. Na sua avaliação, o PMDB tem que decidir rapidamente pela saída do governo.

Cunha voltou a criticar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por, segundo ele, tê-lo escolhido como principal alvo das investigações.

O presidente reclamou da transcrição das delações premiadas no âmbito da operação Lava Jato que, segundo ele, não condizem com o conteúdo dos vídeos e a classificou de criminosa.

Conselho de Ética
O presidente da Câmara afirmou que é nula a reunião desta manhã do Conselho de Ética que aprovou o relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) que estabelece a abertura do processo disciplinar contra ele. Para Cunha, novamente o regimento foi desrespeitado, uma vez que não foi aberto prazo para pedido de vista dos parlamentares.

Reportagem - José Carlos Oliveira
Edição - Luciana Cesar

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