Política e Administração Pública

Psol defende autoconvocação do Congresso no período de recesso

Partido quer análise do pedido de impeachment da presidente Dilma; e do processo contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha

04/12/2015 - 19:01  

Luis Macedo/Câmara
Apreciação do parecer preliminar referente ao Processo Nº 04/15, representação Nº 04/15, do Solidariedade, em desfavor do dep. Chico Alencar (PSOL/RJ)
Chico Alencar: Psol votará contra os argumentos que embasam o pedido de impeachment

A bancada do Psol defendeu a autoconvocação do Congresso Nacional no período de recesso parlamentar (entre 23 de dezembro e 1º de fevereiro). O anúncio foi feito nesta sexta-feira (4) pelo líder do partido, deputado Chico Alencar (RJ), após o Diretório Nacional do Psol divulgar nota oficial sobre a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff e as atuais crises econômica e política.

O líder do Psol também exige, no período de recesso, a continuidade da análise do processo de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

"Aceitaremos a autoconvocação do Congresso. Não nos oporemos a ela e achamos até necessária, desde que a pauta para essa convocação inclua, por exemplo, a continuidade do processo de Cunha no Conselho de Ética. Mas, isso ele [Cunha] não quer", disse Alencar.

Impeachment
O Psol definiu que o deputado Ivan Valente (SP) será o titular do partido na comissão especial que analisará o pedido de impeachment. Chico Alencar será o suplente.

Quanto ao pedido de impeachment de Dilma Rousseff, o líder do Psol avaliou que, apesar de constitucionalmente possível, carece de legitimidade nos procedimentos iniciais na Câmara.

Chico Alencar reafirmou a oposição programática ao governo Dilma, mas já adiantou que o partido votará contra os argumentos que embasam o pedido de impeachment. "Um processo de destituição de um governante eleito, que já começa sob o signo da chantagem e a marca da barganha mal sucedida, começa muito mal. Para nós, no mérito, pedalada [fiscal] em si é insuficiente para produzir impedimento de governante. É uma briga de blocos do poder para o continuísmo", afirmou o deputado.

Da Redação

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