Política e Administração Pública

Usiminas não tem plano para reduzir impacto de demissões

26/11/2015 - 11:40  

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O presidente da metalúrgica Usiminas, Rômel Erwin de Souza, admitiu há pouco, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES, que a empresa não entrou em contato com o sindicato dos trabalhadores da unidade de Cubatão (SP) nem elaborou qualquer plano para diminuir o impacto das 4 mil demissões anunciadas para o dia 31 de janeiro.

Ele respondeu a um questionamento do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que citou obrigações contratuais previstas na operação de crédito do BNDES para a empresa. “A Usiminas cumpriu a exigência de recolocar os trabalhadores no caso de demissão?” perguntou Zarattini.

Segundo o presidente da empresa, o contrato exige que a Usiminas auxilie na recolocação dos trabalhadores apenas se as demissões ocorrerem em função do investimento feito com o empréstimo. “Não foi isso o que aconteceu”, justificou Souza. O presidente leu trecho do contrato, segundo o qual “em função do investimento realizado, se houver redução do quadro, a empresa, antes de fazer a demissão, tem que treinar o pessoal”.

“E o que a empresa está fazendo para diminuir o impacto com os trabalhadores?” perguntou o deputado.

“Estamos nos preparando para evitar esse problema. Estamos planejando e vamos propor algo justo que consigamos honrar”, respondeu o executivo.

“Então, não está havendo nenhuma negociação com o sindicato?” rebateu Zarattini.

“Não”, disse Souza.

A reunião ocorre no Plenário 7.

Mais informações a seguir.

Reportagem – Antonio Vital
Edição – João Pitella Junior

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