Líder da Minoria diz que financiamento empresarial poderá ser aprovado hoje
27/05/2015 - 14:10
O líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PE), disse acreditar que o Plenário vai aprovar nesta quarta-feira (27) o financiamento privado para partidos em campanhas eleitorais. São necessários 308 votos. O ponto está previsto no texto do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a PEC da Reforma Política (182/07), que está sendo votado por temas em Plenário.
Ontem, o Plenário rejeitou o financiamento da campanha por pessoas físicas e jurídicas para os partidos e os candidatos. A proposta recebeu 264 votos favoráveis e 207 contrários, mas foi rejeitada porque mudanças na Constituição precisam de, pelo menos, 308 votos a favor.
A derrota, segundo Bruno Araújo, foi imputada à previsão de doação de pessoas físicas. “Vários deputados disseram que votaram contra porque a emenda autorizava a doação de pessoa física”, disse. Araujo ressaltou que líderes e deputados já se reuniram para aparar arestas da votação de ontem – quando todos os pontos votados foram rejeitados – e recompuseram os acordos para garantir 308 votos ao financiamento de empresas aos partidos. “As brigas ficaram para trás. Todos estão se mobilizando para garantir os 308 votos para a aprovação do texto do relator. Porque, caso contrário, vamos ampliar o caixa 2”, disse.
Ação no STF
A inclusão do financiamento de empresas às campanhas na Constituição foi a alternativa dos parlamentares para resolver a ação da Ordem dos Advogados do Brasil que tenta tornar ilegal essas doações, previstas atualmente em lei. A ação já teve voto favorável de seis ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o julgamento foi suspenso por um pedido de vistas.
“Se o Congresso não tiver maturidade de legislar sobre o tema, vai transferir a decisão para o Judiciário”, explicou o líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), outro defensor da proposta.
Recompor acordos
Araújo, Picciani e outros líderes participaram de uma reunião informal com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A conversa, segundo o presidente, teve a intenção de recompor os acordos.
“A gente se reuniu para tomar pulso do que está acontecendo, para ver efetivamente com o curso das bancadas o que tem condições de continuar, e ver se faz algum esforço para alguma coisa ser salva, ou não”, disse Eduardo Cunha.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Newton Araújo