Política e Administração Pública

Eduardo Cunha acredita que Michel Temer vai melhorar articulação do governo

Com a extinção da Secretaria de Relações Institucionais, vice-presidente foi escolhido por Dilma Rousseff para ser o interlocutor do Palácio do Planalto com o Congresso

08/04/2015 - 15:08  

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, dep. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) concede entrevista
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que Michel Temer tem muito mais capacidade e poder para fazer a articulação

Questionado sobre se a escolha do vice-presidente da República, Michel Temer, para comandar a articulação política do governo junto ao Congresso melhora a relação com os deputados, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse nesta quarta-feira (8) que isso vai melhorar em muito o nível da articulação, “porque ele tem muito mais capacidade e poder para isso”.

Cunha ressaltou, no entanto, que a atuação de Temer não muda o procedimento adotado por ele à frente da Câmara. “Cabe ao governo construir sua maioria para votar as matérias, e a nós cabe colocar as matérias em votação”, ressaltou.

Ele frisou que as propostas fundamentais para a governabilidade têm sido votadas com prioridade, como nesta terça-feira (7), quando a Medida Provisória 660/14 foi aprovada em duas horas pelo Plenário. Cunha também reafirmou sua posição de que matérias que aumentem gastos não devem ser votadas pelos deputados. “Essa proposta foi minha quando líder do PMDB, e assim agimos em 2013 e 2014”, afirmou.

Michel Temer fará agora o papel que antes cabia ao deputado licenciado Pepe Vargas (PT-RS). Até ontem, Vargas ocupava o cargo de ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que foi extinta.

Ministérios
Sobre a proposta de sua autoria em analise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania que limita o número de ministérios em 20 (PEC 299/13), Cunha disse que não está pedindo sua aprovação, embora concorde com a proposta. “Tem de reduzir ministérios, sim, reduzir a máquina pública, e cortar gastos. Não somos apenas nós que não devemos aprovar propostas que aumentem gastos, o governo tem de dar seu exemplo cortando gastos”, disse.

Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Marcos Rossi

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