Cunha diz que protestos de ‘baixo nível’ podem apressar votação de terceirização
07/04/2015 - 18:11 • Atualizado em 07/04/2015 - 18:19
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, reafirmou nesta terça-feira que não vai adiar a votação do projeto de lei que regulamenta a terceirização (PL 4330/04). Para ele, manifestações contrárias à proposta que gerem violência têm o efeito oposto e fazem com que os deputados queiram votar a proposta como resposta.
“Cada vez que há uma pressão dessa, exercida de forma indevida, o Congresso tem de responder votando. Protestos são legítimos, mas quando partem para agressão, depredação e o baixo nível que imperou hoje, o Congresso tem de reagir. De minha parte, só me estimula a votar mais”, disse.
Mais cedo, houve enfrentamento entre manifestantes e a polícia que gerou atendimentos de urgência feitos pelo próprio departamento médico da Câmara.
Quebra de decoro
Eduardo Cunha também disse que se deputados estiveram envolvidos na incitação de manifestantes que depredaram mais cedo o prédio da Câmara eles serão punidos.
“Há imagens, e pedirei que a Corregedoria Parlamentar apure se houve quebra de decoro por parte de algum deputado, e, se houve, vão ser aplicadas as sanções cabíveis”, disse.
11 anos de análise
O governo pediu o adiamento da votação por cinco sessões, mas Cunha reafirmou sua posição de não retirar propostas de pauta por iniciativa própria.
“A proposta está há 11 anos sendo analisada, e eu avisei há 45 dias que seria votada a terceirização nesta semana. É tradição dessa Casa só tentar um acordo quando a proposta vai para a pauta, e por isso é melhor começarmos essa discussão”, disse.
Com a discussão ainda a ser feita e emendas a serem analisadas, Cunha ressaltou que a votação pode durar até mesmo duas semanas.
Reportagem – Marcello Larcher
Edição – Newton Araújo