Política e Administração Pública

Graça Foster diz que não sabia de pagamento de propinas na estatal

Ex-presidente reafirma ainda que a compra de Pasadena "não foi um bom negócio, olhando com olhar de hoje"

26/03/2015 - 12:30  

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A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster disse que “nunca soube” de propinas na empresa. Ela disse isso ao responder pergunta do deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), um dos sub-relatores da CPI da Petrobras.

O deputado mencionou depoimento de um dos delatores do esquema, o engenheiro Shinko Nakandakari, que confirmou à Justiça Federal pagamentos de propina ao ex-diretor da estatal Renato Duque e ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em contratos da Diretoria de Energia e Gás, entre 2008 e 2013.A diretoria foi dirigida no período por Ildo Sauer e depois por Maria das Graças Foster.

Estes contratos também estão sob investigação da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Foster não foi acusada de participação até o momento.

Pasadena
A ex-presidente da Petrobras repetiu declaração dada por ela no ano passado à CPI Mista da Petrobras a respeito da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Ela disse que, na época, a operação de compra se justificava, mas isso acabou sendo um mau negócio em razão da queda do preço do petróleo. “Eu esperava que em 2014 a refinaria desse um resultado melhor, o que não aconteceu por causa da queda do preço do petróleo. Não foi um bom negócio, olhando com olhar de hoje”, disse.

Essa é a quinta vez que a ex-presidente Graça Foster vem ao Congresso explicar irregularidades na Petrobras.

A CPI está reunida no plenário 2.

Mais informações a seguir.

Reportagem - Antonio Vital
Edição - Natalia Doederlein

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