Política e Administração Pública

Murillo de Aragão defende tetos para doações e gastos de campanhas eleitorais

24/03/2015 - 20:44  

Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados
Reunião Ordinária. Cientista Político, professor Murilo de Aragão
Murillo Aragão pediu mudanças imediatas no financiamento das campanhas eleitorais.

Em suas participações no debate desta terça-feira (24) da comissão especial da reforma política (PECs 344/13, 352/13 e outras), o cientista político Murillo de Aragão, presidente da Arko Advice Pesquisas, empresa brasileira de análise política criada em 1982, insistiu que as mudanças no sistema eleitoral devem ser analisadas de acordo com a sua urgência. Nesse sentido, defendeu mudanças imediatas no financiamento das campanhas.

Aragão sugeriu a adoção de tetos para doações e para gastos de campanha. “Temos que acabar com a corrida do bilhão”, afirmou, lembrando que o custo eleitoral no Brasil chega a R$ 5 bilhões. Em um mundo ideal, disse, os partidos deveriam contar com financiamento somente de pessoas físicas. “Igrejas fazem isso”, comparou.

Além disso, Aragão sugeriu o fim da reeleição ou que os candidatos à reeleição no Executivo deixem os cargos seis meses antes do pleito. “As máquinas administrativas têm grande poder”, afirmou. As regras deveriam tornar as eleições o mais justas possível, disse ele, que também se manifestou favorável a cláusula nacional de barreira para que os partidos tivessem acesso, por exemplo, ao fundo partidário.

Em resposta à deputada Moema Gramacho (PT-BA), Aragão defendeu ainda o aumento de vagas para mulheres nas eleições. Ele lembrou de ato que ocorrerá em São Paulo exigindo 30% dessas vagas. “Para mim, poderia ser até 50%. Esse patamar poderia ser atingido escalonadamente, em duas ou três eleições”, afirmou.

Reportagem – Ralph Machado
Edição – Marcos Rossi

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