Política e Administração Pública

Novo líder da Minoria diz que oposição fará "enfrentamento combativo"

04/02/2015 - 13:36  

Renato Araújo
Bruno Araújo
Bruno Araújo é filiado ao PSDB há 18 anos.

Aos 41 anos, o deputado Bruno Araújo (PE) substitui Domingos Sávio (PSDB-MG) na liderança da Minoria e promete um "enfrentamento combativo" ao governo Dilma Rousseff.

Ex-líder do PSDB, Araújo foi relator setorial do Orçamento em 2009 e relator da Receita em 2010, ambos papéis de destaque na discussão das contas públicas. Ele também presidiu a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática em 2011.

Antes de chegar ao Congresso, o advogado exerceu dois mandatos de deputado estadual em Pernambuco, tendo sido o mais jovem em sua época. Foi presidente da Assembleia Legislativa e líder do Governo Jarbas Vasconcelos. Toda sua trajetória pública foi pelo PSDB, partido ao qual é filiado há 18 anos.

Como primeira missão na liderança da Minoria, Araújo coordenou a coleta de assinaturas para o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a Petrobras, que já foi protocolado. Nesta entrevista à Agência Câmara, o novo líder fala sobre o papel da oposição neste primeiro ano do novo governo.

Quais serão as prioridades da oposição para este ano?
O enfrentamento combativo, como grande parte da sociedade brasileira quer, questionando os desmandos do governo Dilma Rousseff, a forma como o governo dela vem afundando o País. Uma presidente que, em poucos dias de início do segundo mandado, fez tudo diferente, não do que prometia, mais ainda, do que atribuía a seu adversário. Aumentou taxa de juros, aumentou impostos, suprimiu direitos trabalhistas, aumentou energia, aumentou combustível. Enfim, um início de governo que engana seu eleitor, que age de forma fraudulenta, como estelionato eleitoral. Vamos fazer a denúncia de todos esses movimentos que vêm atrapalhando a vida do cidadão brasileiro.

Como vai ser a relação da oposição com a Presidência da República?
Uma relação democrática. O governo tem o seu papel, e a oposição tem o papel de cobrar as promessas de um governo recém-eleito. A população brasileira está acostumada a ver o político que promete e não faz. Agora, uma presidente que faz tudo diferente do que prometeu, a presidente Dilma inaugura isso. É uma presidente que desapareceu do contato com a população, e nós vamos cobrar para que ela venha a público dar satisfação das medidas desastrosas que tem tomado para a economia brasileira.

O governo propôs alguns cortes de gastos, isso é suficiente para melhorar a situação da economia?
A presidente Dilma propôs efetivamente aumento de impostos. A não correção da tabela de Imposto de Renda da classe média, aumento da gasolina, aumento da energia, supressão de direitos trabalhistas. Agora, ninguém ouviu ela cortar despesas das suas viagens, dos cartões corporativos usados pela estrutura da Presidência da República, dos excessos de gastos no custeio da máquina pública. A presidente, antes de botar a mão no bolso do brasileiro, tem de fazer o dever de casa e cortar as gorduras do governo.

Da Redação - DC

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.