Política e Administração Pública

Presidente promete ajuste nas contas públicas e foco em logística

01/01/2015 - 16:45  

Em seu discurso de posse no Congresso Nacional, Dilma Rousseff afirmou que no seu segundo mandato à frente da Presidência da República fará ajustes na economia, "mas sem trair compromissos sociais assumidos". "Mais do que ninguém, sei que o Brasil precisa voltar a crescer, e os primeiros passos dessa caminhada passam por um ajuste nas contas públicas, o aumento da poupança interna, a ampliação do investimento e a elevação da produtividade da economia. Faremos isso com o menor sacrifício possível para a população. Reafirmo o meu profundo compromisso com a manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários".

Dilma Rousseff disse que vai criar ambientes mais favoráveis aos negócios, manter a inflação abaixo do teto da meta, valorizar o salário mínimo e lançar a terceira edição do Programa de Aceleração do Crescimento com foco em investimentos no setor de logística, sobretudo de transportes, energia e infraestrutura urbana. Também afirmou que vai travar um combate "sem trégua" à burocracia.  

Tributação

A presidente lembrou que, em seu primeiro mandato, aperfeiçoou o regime simplificado de tributos, o Simples. Já no novo mandato, Dilma pretende enviar ao Congresso um projeto de lei para criar mecanismos de transição entre as categorias hoje contempladas no Simples e os demais regimes tributários. "Vamos acabar com o abismo tributário que faz os pequenos negócios terem medo de crescer. Se eles não crescem, o Brasil também não cresce", afirmou.

Dilma anunciou ainda que pretende ampliar a competitividade das empresas e a parceria entre o setor produtivo e as universidades. "Daremos prioridade ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia e da inovação para aumentar a competitividade".

Bons resultados

A presidente disse que também há o que se comemorar no que se refere à economia: o Brasil é a sétima potência mundial, e a dívida líquida do setor público é menor do que era no início do primeiro mandato, lembrou. "A taxa de desemprego está nos menores patamares já vivenciados na história do nosso País; geramos cinco milhões de empregos formais num momento em que o mundo se afundava no desemprego".

Confira a íntegra do discurso.

Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Marcos Rossi

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