Política e Administração Pública

Ex-contadora admite ter recebido 3,5% de comissão na emissão de notas frias

Enivaldo Quadrado, condenado no processo do mensalão, recebia outros 3,5%

08/10/2014 - 13:49  

A contadora Meire Poza, que trabalhou para o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal, afirmou há pouco, à CPMI da Petrobras, que recebeu 3,5% de comissão para a emissão de R$ 7 milhões em notas frias por sua empresa de contabilidade, Arbor Consultoria e Assessoria Contábil, para os negócios do doleiro.

“Recebia 7% nas comissões com as notas frias. Na verdade recebia 3,5% porque dividia os recursos com o Enivaldo Quadrado”, afirmou. O valor chegaria a R$ 245 mil.

Ela declarou, em resposta à senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que, dos R$ 7 milhões em notas frias, R$ 1 milhão teria ido para a empresa Grande Moinho Cearense a pedido do deputado Luiz Argôlo (SD-BA). “O Grande Moinho Cearense é uma empresa de moagem de trigo em Fortaleza, do grupo de Carlos Jereissati”, afirmou Grazziotin.

A reunião da CPMI prossegue no plenário 2 da ala Nilo Coelho do Senado.

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Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Rachel Librelon

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