Política e Administração Pública

Candidatos defendem superavit primário e combate à inflação

03/10/2014 - 10:29  

A maior parte dos candidatos à Presidência da República se compromete a combater a inflação com metas claras, manter o superavit fiscal para pagamento da dívida e fomentar o crescimento econômico.

Em seu plano de governo, a candidata Dilma Rousseff (PT) propõe combater a inflação com crescimento econômico e social sustentável, estimulado pelo aumento da taxa de investimento da economia e pela ampliação do mercado doméstico. Marina Silva (PSB) pretender recuperar o tripé macroeconômico básico, com metas de inflação respeitadas, superavit fiscal para controlar inflação e taxa de câmbio livre. Aécio Neves (PSDB) propõe uma redução gradual da meta de inflação de 4,5% ao ano e um superavit primário suficiente para reduzir as dívidas líquida e bruta em comparação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2015 (PLN 3/14), o governo estabeleceu a meta de superavit primário em 2,5% do PIB – R$ 143,3 bilhões em economia –, a previsão de inflação em 5%, o crescimento do PIB em 3% e o dólar a R$ 2,40.

Luciana Genro (Psol) critica a política econômica atual e recomenda a auditoria da dívida pública e a suspensão do pagamento dos juros e amortizações, garantindo, porém, o direito de pequenos poupadores e aposentadoria dos trabalhadores. Do outro lado do espectro econômico, Pastor Everaldo (PSC) defende meta inflacionária próxima a zero a partir de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal.

O candidato Eduardo Jorge (PV) quer incluir metas socioambientais no tripé macroeconômico defendido pela maioria dos candidatos. Ele sugere usar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em vez do PIB como principal indicador da economia, aliado a um parâmetro ambiental.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Marcos Rossi

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