Política e Administração Pública

CPMI ouve hoje ex-presidente de subsidiária da Petrobras nos EUA

30/07/2014 - 10:15  

O executivo José Orlando Melo de Azevedo, ex-presidente da Petrobras America, é a próxima testemunha a ser ouvida pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades nos negócios da estatal brasileira. O depoimento está marcado para hoje, às 14h30. A Petrobras America é uma subsidiária da companhia brasileira que atua nos Estados Unidos.

A reunião da CPMI será realizada no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado.

Disputa
O prejuízo sofrido pela petrolífera nacional na compra da refinaria de Pasadena (EUA) será o assunto abordado na audiência. Azevedo foi o responsável pela condução da disputa judicial entre a Petrobras e a empresa belga Astra Oil, antiga proprietária da unidade industrial americana. Ele foi demitido do cargo pela atual presidente da estatal Graça Foster, depois que denúncias de corrupção e desvio de dinheiro público vieram à tona.

O Brasil acabou pagando 1,2 bilhão de dólares pela refinaria de Pasadena após o litígio, concluído em 2012. O processo ajudou a encarecer o negócio. Em 2005, a belga havia comprado a planta de Pasadena por 42,5milhões de dólares, valor que é contestado por Graça Foster. Segundo ela, com a compra e os investimentos antes da venda à estatal brasileira, a empresa belga desembolsou o total de 360 milhões de dólares.

Outros depoimentos
Depois de ouvir José Orlando Melo de Azevedo, a CPI Mista vai receber dois ex-diretores da área internacional da companhia: Jorge Luiz Zelada, no dia 6 de agosto; e Nestor Cerveró, no dia 13. Ambos já foram ouvidos pela CPI exclusiva do Senado – Cerveró também depôs na Câmara dos Deputados em abril.

A CPI Mista, com a participação de deputados e senadores, funciona paralelamente a uma CPI exclusiva do Senado. Ambas investigam irregularidades na compra de Pasadena pela Petrobras; o lançamento ao mar de plataformas inacabadas; o pagamento de propinas a funcionários da estatal pela empresa holandesa SBM visando à obtenção de contratos; e o superfaturamento na construção de refinarias.

Da Redação – JJ
Com informações da Agência Senado

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