Política e Administração Pública

Alves: celeridade na investigação das denúncias contra Andre Vargas interessa a todos

08/04/2014 - 19:21   •   Atualizado em 08/04/2014 - 19:24

Rodolfo Stuckert / Câmara dos Deputados
Presidente Henrique Eduardo Alves fala sobre a pauta de esforço concentrado desta semana
Henrique Alves: investigação interessa ao deputado, à Câmara e ao Brasil, que quer saber a verdade.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, disse que a celeridade na investigação das denúncias contra o 1º vice-presidente da Casa, deputado André Vargas (PT-PR), interessa a todos. "Interessa ao deputado, à Casa e ao Brasil, que quer saber a verdade", afirmou.

Ele disse que fez a sua parte ao encaminhar as denúncias à Corregedoria e ao Conselho de Ética. "Não há mais nada a fazer. O importante é que o processo transcorra sem favoritismo", ressaltou.

Alves esclareceu ainda que Vargas pode renunciar para manter os direitos políticos até a instauração do processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, marcada para esta quarta-feira (9, às 14 horas). "Como em outros casos. José Genoíno renunciou minutos antes de instaurado o processo", lembrou.

Na segunda-feira, André Vargas pediu licença do mandato por 60 dias.

Denúncias
Desde o início de abril, são publicadas denúncias de ligações irregulares entre o deputado e o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal contra lavagem de dinheiro. O jornal Folha de S. Paulo informou que Vargas usou um avião contratado por Youssef para uma viagem de férias a João Pessoa (PB).

Neste fim de semana, reportagem da revista Veja divulgou mensagens interceptadas pela Polícia Federal em que Vargas teria prometido ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal na área da Saúde.

Defesa
Andre Vargas ocupou a tribuna do Plenário, na semana passada, e afirmou que suas relações com Youssef são de amizade, com quem se relacionava há 20 anos, e que desconhecia suas atividades ilegais.

Ontem, em nota, o deputado afirmou que, com o pedido de licença pretende, antes de tudo, preservar a Câmara dos Deputados, enquanto prepara sua defesa diante do que classifica de "massacre midiático". Ele afirma que "esse massacre está sendo abastecido pelo vazamento ilegal de informações".

Reportagem - Geórgia Moraes
Edição - Newton Araújo

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.