Política e Administração Pública

Genoino foi grandioso até na renúncia, diz líder do PT

03/12/2013 - 19:30   •   Atualizado em 03/12/2013 - 19:51

O líder do PT, deputado José Guimarães (PT-SP), usou a tribuna nesta terça-feria para defender o ex-deputado José Genoíno, que renunciou hoje para evitar um processo de cassação na Câmara. Guimarães, que é irmão de Genoíno, defendeu a renúncia. “Genoino foi grande nesse seu gesto. Até nisso ele foi grandioso, sempre grandioso nas trincheiras de luta. Não é com medo de cassação”, disse.

Genoino foi condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão e cumpre pena, temporariamente, em prisão domiciliar. Ele foi preso no mês passado junto com outros 11 condenados no mensalão.

Guimarães reafirmou a inocência de Genoino. Disse que ele nunca se preocupou com patrimônio, mora na mesma casa há vários anos e não ostenta riqueza. O discurso de mais de quinze minutos foi acompanhado pelos deputados da bancada do PT.

“Não teve partido que entrasse com representação no Conselho de Ética contra Genoino porque todo mundo sabe que é honesto e não merece passar por isso que está passando”, disse Guimarães. “O único pecado dele foi ter sido presidente do PT, o que para nós não é pecado nenhum”, emendou.

Protesto
O discurso foi interrompido pela deputada Líliam Sá (Pros-RJ). “O Brasil não quer ouvir isso não”, gritou a deputada. Segundo ela, as palavras do líder só interessam aos deputados do PT.

A atitude da deputada foi repreendida pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. “A sua interferência foi extremamente inconveniente”, disse.

História
O líder do PT lembrou a trajetória política do ex-deputado e ex-presidente do PT, desde o começo da atuação política, a guerrilha do Araguaia, os sucessivos mandatos de deputado e a atuação como presidente do PT. “Todos sabem que a história de Genoíno se confunde com a história deste País”

Ele disse ainda que o irmão está fragilizado por conta da cirurgia cardíaca a que foi submetido neste ano e, assim, não teria condição de se defender. “Quando ele começa a falar, se emociona e, portanto, não reúne condições de continuar”, disse.

Reportagem - Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo

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