Política e Administração Pública

Ministro elogia diálogo do Congresso sobre o Programa Mais Médicos

04/09/2013 - 19:16  

Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Comissão Geral para discutir o programa “Mais Médicos” constante da Medida Provisória nº 621/13. Ministro da Saúde, Alexandre Padilha
Padilha: a cada crítica, agressão, vamos devolver com fontes de diálogo.

Em comissão geral nesta quarta-feira na Câmara, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que o Congresso estabelece um importante ambiente de diálogo ao permitir que 33 representantes de entidades ligadas à área da saúde possam emitir suas opiniões diretamente no Plenário da Casa.

“Saio feliz e animado. Torço para que essa comissão possa ser um marco e que se crie sempre um ambiente de conversa sem truculência, sem arrogância, baseado em dados, informações e não simplesmente fazendo análises maniqueístas ou dizendo que o programa é uma farsa”, disse Padilha. “A cada crítica, agressão, vamos devolver com fontes de diálogo.”

O ministro defendeu a medida provisória que criou o Mais Médicos (MP 621/13) e disse que o governo estudou previamente o que foi feito em 1999, quando o Brasil importou médicos do exterior, para apresentar dessa vez uma proposta que cobre todas as lacunas jurídicas observadas naquela experiência.

Sem críticas aos médicos brasileiros
Padilha negou que o programa seja uma espécie de crítica aos médicos brasileiros. “Se quiséssemos fazer críticas, nós diríamos que sobram médicos e que eles não têm interesse em atuar em algumas localidades”, explicou o ministro. “Mas o diagnóstico é exatamente o contrário: faltam médicos no País e, por isso, temos dificuldade de levar mais profissionais para áreas mais distantes”, completou.

O ministro ainda agradeceu ao Congresso pela destinação de parte dos royalties do petróleo para a saúde e se disse confiante de que a execução obrigatória das emendas parlamentares, o chamado orçamento impositivo, também tenha o mesmo destino. “Acredito que parte do orçamento impositivo também venha para a saúde, para investimento ou para custeio”, acrescentou.

Segundo Padilha, mesmo com a retirada de mais de R$ 40 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde, com o fim da CPMF, a pasta conseguiu triplicar o orçamento e quadruplicar o investimento per capita do setor.

Da Redação/NA

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