Vaccarezza defende lista fechada e fim de coligações proporcionais
03/09/2013 - 13:31
Durante o videochat sobre a reforma política, o coordenador do grupo de trabalho, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), defendeu o voto em lista fechada para o partido. “Sou contra a votação em duas rodadas separadas, uma no partido e outra, posterior, na lista”. Porém, explicou que essa também não é a posição dos integrantes do grupo de trabalho. Na lista fechada, o único voto possível é no partido. É a legenda que escolhe quem ocupará as vagas conquistadas.
Em sua opinião, a proposta do grupo deverá ser o voto distrital misto, no qual uma parte dos candidatos é escolhida de acordo com o voto distrital, e a outra eleita de acordo com o sistema proporcional. No voto distrital, estados e municípios são divididos em regiões, chamadas distritos. Cada distrito escolhe seu candidato pelo sistema majoritário – vence quem ganhar mais votos.
O internauta Camargos defendeu o voto distrital puro, mas Vaccarezza afirmou que, sem contrabalançar o distrito com o sistema proporcional, o sistema se torna injusto. “O voto distrital isoladamente é complicado, porque há uma diferença de dez vezes entre o valor do voto para o deputado de São Paulo e o de Roraima. No distrito com mil eleitores, quem tem dinheiro se elege muito mais facilmente do que em outro que tem um milhão de eleitores. Nos países europeus onde esse sistema funciona, a situação distrital é muito mais homogênea”, argumentou.
No voto distrital misto, uma parte dos candidatos é escolhida de acordo com o voto distrital puro. Já a outra parte dos deputados é eleita de acordo com o sistema proporcional.
Excesso de partidos
Os debatedores Antonio José e Devanir propuseram mecanismos para coibir o excesso de partidos políticos no Brasil. Hoje, há 30 partidos registrados. Vaccarezza respondeu que a criação de partidos deve ser livre, mas que é preciso estabelecer uma cláusula de desempenho para que eles tenham direito a tempo de TV e aos recursos do fundo partidário. “Também é preciso acabar com as coligações proporcionais”, afirmou.
Reportagem - Patricia Roedel
Edição - Natalia Doederlein