Marco Maia nega que CPMI do Cachoeira tenha segundas intenções
16/04/2012 - 18:45
O presidente da Câmara, Marco Maia, negou que a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira esconda uma estratégia para dividir a opinião pública sobre o julgamento do mensalão, como publicou nesta semana a revista Veja.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, Maia destacou que a decisão de criar a CPMI resultou de um entendimento quase unânime entre os partidos com representação no Congresso sobre a necessidade de investigar as denúncias que envolvem Cachoeira e integrantes do setor público e privado, entre eles a imprensa.
“Também não é verdadeira a tese de que essa CPMI tem como um dos objetivos realizar uma caça a jornalistas que tenham realizado denúncias contra este ou aquele partido ou pessoa”, acrescentou a nota.
No documento, o presidente também questionou a imparcialidade da revista, que, segundo ele, não publicou as denúncias que envolviam o senador Demóstenes Torres (GO) enquanto os demais veículos buscavam desvendar as denúncias.
Ele criticou ainda o modo como suas declarações foram utilizadas pela revista. “Não é a primeira vez que a Veja realiza matérias, aparentemente jornalísticas, mas com cunho opinativo, exagerando nos adjetivos a mim, sem sequer, como manda qualquer manual de jornalismo, ouvir as partes”, ressaltou o presidente da Câmara na nota.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Newton Araújo