Política e Administração Pública

Minoria diz que vai apresentar alternativas à agenda do governo

10/02/2011 - 15:55  

Arquivo - Laycer Tomaz
Abi-ackel: a oposição também vai promover a fiscalização.

O líder da MinoriaBancada partidária cujo número de integrantes seja imediatamente inferior à maioria e que expresse posição diferente desta em relação ao governo. Ou seja, maior partido de oposição ao governo. Atualmente, a minoria é o PSDB. , deputado Paulo Abi-ackel (PSDB-MG), afirmou que vai fazer oposição apresentando ideias novas e alternativas à agenda do governo federal. “Além disso, a oposição vai promover a fiscalização. É um dever nosso e assim faremos toda vez que se fizer necessário", disse.

Segundo o parlamentar, a liderança da Minoria também vai lutar pelas prerrogativas do Congresso Nacional e pela independência da agenda do Congresso, a fim de que ela não fique a reboque do Executivo. "Temos grandes desafios. Esses são os maiores, mas teremos sempre em mente a uniformização do discurso da oposição,  trazendo harmonia entre os partidos que compõem essa oposição ao governo", acrescentou.

Temas urgentes
Ao falar sobre os temas de grande interesse nacional, o líder citou as reformas política e tributária, o novo valor do salário mínimo e a regulamentação da Emenda 29 (que prevê mais recursos para a saúde) como os que devem ser votados com mais urgência.

Paulo Abi-ackel disse ainda que vai inserir outros temas no debate, como a possibilidade de transferir, do governo federal para os estados, a manutenção das rodovias federais. E, juntamente com essa transferência, o repasse dos recursos da Cide, para tornar as nossas rodovias dignas de uma família brasileira. “As rodovias brasileiras são as piores do mundo”, garante o parlamentar.

Abi-ackel ressaltou que a Minoria é contrária ao salário mínimo no patamar que a presidente deseja e a qualquer forma de abuso no envio de medidas provisórias (MPs) ao Congresso, sobretudo quando versarem sobre assunto de constitucionalidade duvidosa.

O líder disse que, até agora, o governo não apresentou um plano estratégico para as áreas de saúde, educação, segurança pública, principalmente no combate ao crack, e para a infraestrutura.  Ele destacou, porém, que há planos assistenciais, para os quais dá pleno apoio. “Contudo, só planos estratégicos poderão fazer com que as desigualdades sociais sejam resolvidas.”

Articulação
Abi-ackel disse que tem evoluído rapidamente o consenso em torno de um discurso unitário entre PSDB, DEM e PPS e que, eventualmente, até outras forças políticas poderão se alinhar à Minoria. "Em breve poderemos apresentar uma unidade de posicionamento, o que será muito interessante. Até porque, com certeza, no decorrer do tempo, nós teremos a adesão de forças que hoje se alinham ao governo federal", afirmou.

Perfil
Em seu segundo mandato consecutivo como deputado federal, o advogado Paulo Abi-ackel é filho do ex-deputado e ex-ministro da Justiça Ibrahim Abi-ackel. Antes, havia sido escolhido pelo presidente da República como juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais.

Na Câmara, foi vice-líder da Minoria e assumiu, interinamente, a liderança, em 2007, depois da morte do ex-deputado Julio Redecker. Ele foi titular das comissões de Minas e Energia; e de Legislação Participativa. O deputado também foi suplente na Comissão de Defesa do Consumidor.

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Reportagem - Oscar Telles e Tiago Miranda
Edição - Newton Araújo

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