Líderes divergem sobre a extinção gradual da DRU

16/09/2009 - 20:26  

O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), defendeu a necessidade de manter a extinção gradual da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre a Educação. Na votação do último destaque da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 277/08, o PPS queria acabar totalmente, já em 2009, com a incidência da DRU no setor.

De acordo com Fontana, o atual governo tem um "firme compromisso" com a Educação, o que resultou no aumento do número de jovens que entram nas universidades públicas e na ampliação de vagas nas escolas técnicas federais, entre outras medidas. "Precisamos votar pelo fim da DRU para continuar ampliando os investimentos do País em Educação, ciência e tecnologia", ressaltou.

Rapidez
O líder do PPS, Fernando Coruja (SC), defendeu o destaque do seu partido para que "o dinheiro da Educação entre no caixa mais rápido". Ele advertiu que, com a extinção gradual, o próximo governo (a ser eleito em 2010) é que vai decidir se prorroga ou não a incidência da DRU. Coruja acusou o governo de ameaçar com o "tudo ou nada" — ou seja, ou a extinção seria gradual ou não seria aprovada.

O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), apoiou a posição de Coruja. "Quem vota contra o destaque está liberando para a Educação R$ 3,9 bilhões, enquanto quem vota a favor libera R$ 10,5 bilhões; essa é a realidade", afirmou Caiado. Segundo ele, a proposta do governo "tira R$ 7 bilhões" do setor. Já o líder do Psol, Ivan Valente (SP), argumentou que "a fórmula gradual não resolve o problema". Para ele, se a Educação é prioridade a incidência da DRU deveria acabar imediatamente.

Porém, o relator Rogério Marinho (PSDB-RN) ficou contra o destaque do PPS. "Quem é a favor da Educação deve rejeitar o destaque, porque do contrário a PEC não vai prosperar", afirmou.

Reportagem – Luiz Claudio Pinheiro
Edição – João Pitella Junior

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