Ato Médico é uma questão legal, além de científica, diz conselho

27/07/2009 - 16:57  

Na avaliação do vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D`Ávila, o chamado "Ato Médico", previsto no Projeto de Lei 7703/06, é uma questão não só científica, mas legal. "A lei do fisioterapeuta não fala em diagnóstico, fala sobre aplicar uma terapia, e você só pode fazer isso após um diagnóstico", disse.

O exemplo dado pelo médico é o de uma pessoa que amanhece com o joelho inchado, sem poder mexê-lo. O fisioterapeuta não tem, segundo ele, a competência para saber se aquela lesão foi causada por um trauma, ruptura de ligamento, problema do menisco, ou mesmo uma artrite causada por gonorréia, que seria comum.

A fisioterapia, segundo D`Ávila, em alguns casos é o único tratamento, mas em outros precisa esperar a ação de medicamentos. "Agora, por outro lado, para recuperar a lesão após o tratamento antibiótico, por exemplo, o médico não sabe quais as melhores técnicas, e isso fica a cargo do fisioterapeuta, que deve ter total autonomia em sua área", disse.

Frente parlamentar
A Frente Parlamentar em Defesa do Profissional da Saúde, encabeçada pelo deputado Damião Feliciano (PDT-PB), que é médico, deve reunir no dia 13 de agosto representantes de todas as categorias da área para definir uma posição sobre o Ato Médico.

O deputado tem defendido a participação de todos os profissionais exatamente para que as votações de projetos de saúde não sejam impedidas pelo lobby de uma categoria específica.

Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Newton Araújo

(Reprodução autorizada desde que contenha a assinatura `Agência Câmara`)

Agência Câmara
Tel. (61) 3216.1851/3216.1852
Fax. (61) 3216.1856
E-mail:agencia@camara.gov.br

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.