Meio ambiente e energia

Abate de chinchila para comércio de pele poderá ser proibido

11/01/2010 - 13:57  

J. Batista
Ricardo Tripoli: indústria da moda dispõe de tecnologia para produzir roupas de igual qualidade com outros materiais.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 5956/09, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que proíbe o abate de chinchila (Chincilla lanigera), para comércio de sua pele, em todo o território nacional. "Com essa medida, visamos promover, na sociedade brasileira, valores em defesa da vida e contra os maus tratos a animais", diz o autor da proposta.

Ricardo Tripoli explica que a chinchila, animal originário dos Andes, tem o pelo 30 vezes mais suave que o cabelo humano. "Devido à sua beleza, maciez e capacidade de isolamento térmico, as peles desse animal sempre foram muito valorizadas para a confecção de casacos de frio", explica.

Comércio milionário
De acordo com o deputado, estima-se que o comércio global de pele de chinchila atinja mais de US$ 10 milhões por ano. O Brasil, segundo tripoli, é o segundo maior produtor mundial desse tipo de pele.

O parlamentar sustenta ainda que, para produzir um casaco, é necessário abater entre 40 e 50 animais, o que eleva seu custo para algo em torno de 80 mil dólares (cerca de R$ 138,6 mil).

"Sentimo-nos no dever de combater o sacrifício de espécies animais realizado para alimentar única e tão somente a vaidade humana. Por que ceifar a vida desses pequenos animais para confecção de casacos de luxo?" Na opinião do deputado, na época atual, "a indústria da moda dispõe de tecnologia para produzir roupas de igual qualidade com outros materiais".

Tramitação
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem - Maria Neves
Edição - Newton Araújo

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