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Deputados criticam depoimento de diretor de empresa que acompanhou reforma de estádio

05/07/2016 - 16:54  

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Deputados criticaram há pouco o depoimento do diretor-geral da MCA Auditoria e Gerenciamento, Márcio Alves, empresa responsável pelo acompanhamento de contratos da reforma da Arena da Baixada, estádio em Curitiba (PR) onde foram realizados jogos da Copa do Mundo de 2014.

“O senhor não sabe de nada e a impressão que nos passa é que foi contratado por R$ 3 milhões apenas para avalizar o que o clube [Atlético Paranaense] e a PricewaterhouseCoopers (PwC) faziam. O senhor teve que ler no papel para dizer o que a sua empresa fazia”, criticou o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).

Jordy disse ser impossível que o empresário desconhecesse os motivos que levaram a reforma do estádio a ter um aumento de 112,5%, saindo dos R$ 184 milhões previstos para os R$ 391 milhões finais. “Se o senhor tinha de atestar as etapas de entrega, é impossível o senhor desconhecer.” 

Para o deputado Roberto Góes (PDT-AP), a MCA foi usada para avalizar o parecer que a PwC, auditora oficial da reforma da Arena da Baixada, enviava ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para liberação de recursos. Do total gasto na reforma, o banco financiou R$ 131 milhões. “O senhor foi usado duas vezes, pela PwC e pelo clube. O senhor avalizou o dobro de uma obra e a sua empresa não recebeu nada sobre isso.”

O relator na comissão, deputado Fernando Monteiro (PP-PE), afirmou que faltou uma explicação mais didática de qual era a função da empresa.

Gerenciamento contratual
A MCA auditoria, segundo Alves, foi contratada pelo Atlético Paranaense para administrar demais contratos. “Recebíamos quantitativos das obras da arquitetura, planilhas da área de suprimento do clube. Fazíamos todo o acompanhamento desses contratos no campo e fazíamos também o acompanhamento da performance das construtoras contratadas.”

De acordo com Alves, os técnicos da MCA subsidiavam a PwC com informações sobre o andamento das obras para elaboração de relatórios de auditoria da execução dos contratos. “Não era aberto para nós essas informações sobre o financiamento [do BNDES]. Era a diretoria do clube que cuidava diretamente do financiamento.”

O outro convidado, presidente da Via Engenharia S/A (uma das empresas que integrou o consórcio que reformou o Mané Garrincha em Brasília), Márcio Queiroz, justificou sua ausência e deverá ir em outra data, segundo Carvalho.

O deputado Delegado Edson Moreira (PR-MG), que pediu a realização da audiência, quer explicações sobre o processo licitatório, o acompanhamento da obra e a planilha de custo dos estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014.

A reunião está sendo realizada no plenário 13.

Mais informações a seguir.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Mônica Thaty

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