Educação, cultura e esportes

Começa reunião da CPI para ouvir empresas que construíram estádios

Deputado quer explicações sobre o custo das obras da Arena Baixada e do Mané Garrincha, que superaram a previsão inicial nos dois casos

05/07/2016 - 15:33  

Começou há pouco a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol para ouvir dirigentes das empresas que gerenciaram a construção da Arena da Baixada, em Curitiba (PR), e do Mané Garrincha, em Brasília (DF).

O deputado Delegado Edson Moreira (PR-MG), que pediu a realização da audiência, quer explicações sobre o processo licitatório, o acompanhamento da obra e a planilha de custo dos estádios construídos para a Copa do Mundo de 2014.

Moreira lembra que 23 obras deveriam ter sido entregues para o mundial, mas não ficaram prontas a tempo. “Muitas destas obras, foram destinadas para áreas de mobilidade, aeroportos e portos, e muitas delas não avançaram ou foram entregues após o mundial, devido a diversos questionamentos na Justiça, por atrasos na licitação ou na execução”, afirma o parlamentar.

Além disso, o deputado ressalta que as obras da Copa tinham orçamento inicial de R$ 8 bilhões, mas custaram aproximadamente R$ 11 bilhões, ou seja, 25% a mais do que a previsão inicial.

Convidados
A pedido de Moreira, a CPI ouvirá o diretor-geral da MCA Auditoria e Gerenciamento (empresa responsável pela construção Arena da Baixada), Márcio Borges Castro Alves, e o presidente da Via Engenharia S/A (uma das empresas que integrou o consórcio que construiu o Mané Garrincha Fernando), Márcio Queiroz.

A construção da Arena da Baixada, segundo o deputado, tinha orçamento inicial de R$ 184,5 milhões, mas acabou custando R$ 265 milhões, aproximadamente 42% a mais.

Já o Mané Garrincha custou mais de R$ 1,8 bilhão, 250% a mais do que o valor previsto inicialmente de R$ 520 milhões. “Foi o estádio mais caro do legado da Copa do Mundo”, compara Moreira.

A audiência está sendo realizada no plenário 13.

Da Redação - MT

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