Educadores defendem instalação de comunidade de aprendizagem no Distrito Federal

14/09/2017 - 19:08  

Participantes de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara defenderam nesta quinta-feira (14) a proposta de instalação de uma comunidade de aprendizagem na região administrativa do Paranoá, no Distrito Federal.

A coordenadora da equipe de projetos da EcoHabitare, empresa social que idealizou a proposta, Renata Resende, disse que o modelo se diferencia de uma escola porque envolve toda a população local.

"A comunidade de aprendizagem trabalha com a expansão da prática educacional e envolve ativamente os moradores da região na consolidação de uma sociedade participativa”, explicou.

Segundo ela, a organização do trabalho pedagógico será feito por meio de projetos individuais e coletivos, tutoria, núcleos de aprendizagem, currículos e avaliação.

O deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), que propôs a realização da audiência, explicou que as comunidades de aprendizagem são projetos baseados em um conjunto de atuações educativas. “Busca-se atingir uma educação plena para todas as crianças e jovens que consiga ao mesmo tempo a eficiência, a equidade e a coesão social”, afirmou.

Proteção aos estudantes
A coordenadora de Políticas Educacionais para Educação Infantil e Ensino Fundamental da Secretaria da Educação do DF, Klésia de Andrade Matias, avaliou como inovadora a proposta  e disse que ela vai ao encontro dos objetivos da secretaria.

Entretanto, Klésia ressaltou que é preciso tomar algumas precauções. “Apoiamos o projeto, mas precisamos garantir os direitos das crianças e dos estudantes. Devemos assegurar a segurança do espaço, a correta transferência das escolas e regular a escola e seu funcionamento”, disse.

Exemplo em Cotia
Os projetos de comunidade de aprendizagem são definidos como um conjunto de “atuações educativas de êxito” voltadas para a transformação educacional e social, que começa na escola, mas integra tudo o que está ao seu redor.

Iniciativa semelhante já foi implantada em Cotia (SP). A coordenadora local, Suzana Ribeiro, disse que na cidade o programa contribui para a construção de cidadãos conscientes e engloba o desenvolvimento social e a aprendizagem básica. “Aqui, é a escola que vai para a comunidade ocupar os espaços ociosos”, afirmou. 

Reportagem – Alex Akira
Edição - Rosalva Nunes