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Câmara aprova inclusão de Leonel Brizola no Livro de Heróis da Pátria

Além da homenagem a Brizola, o projeto diminui o tempo exigido pela lei para que um brasileiro seja inscrito no livro, facilitando novas homenagens.

04/06/2014 - 00:43  

Museu da Comunicação Hipólito José da Costa
História do Brasil - Movimento da Legalidade Brizola
Leonel Brizola (C) na campanha da Legalidade, em 1961.

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o Projeto de Lei 5312/13, que inclui o nome de Leonel de Moura Brizola no Livro dos Heróis da Pátria e facilita a inclusão de outros brasileiros na lista de homenageados. A matéria vai ao Senado.

O livro dos Heróis da Pátria, também chamado de Livro de Aço, fica exposto no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e serve de homenagem aos brasileiros que se destacaram em defesa do País. Entre os inscritos estão Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Santos Dumont, entre outros.

A proposta aprovada também facilita homenagens futuras. A lei atual (11.597/07) exige que a homenagem seja feita apenas após 50 anos da morte do homenageado, prazo reduzido para dez anos por meio do texto aprovado.

Legalidade
O líder do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), que é autor do projeto, destacou que Brizola liderou o movimento legalista para garantir que o vice-presidente João Goulart fosse empossado depois da renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Também lutou contra a ditadura militar de 1964 no Brasil e no exílio; e pela campanha das Diretas Já, na década de 1980.

“Tendo a justiça social, a liberdade e a coragem por baliza de sua conduta ética, Brizola influenciou, de forma incomum, a política brasileira por cerca de 50 anos, até mesmo enquanto se encontrava exilado pelo golpe militar de 1964, contra o qual foi um dos maiores líderes da resistência”, disse Vieira da Cunha.

Fundador do PDT, Brizola foi governador de dois estados: Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, por duas vezes. Foi deputado estadual e deputado federal. Ele faleceu em 21 de junho de 2004, aos 82 anos.

Brizola foi casado com a irmã de João Goulart e teve como padrinho de casamento o ex-presidente Getúlio Vargas. Começou a sua carreira política no PTB como deputado estadual pelo Rio Grande do Sul.

Fundou o PDT ainda no exílio, em 1979, e pelo partido se elegeu governador da Guanabara em 1983. Seu governo foi marcado pela criação dos Centros Integrados de Educação (Cieps).

Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli

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