Educação, cultura e esportes

Audiência investiga situação de superdotados no Brasil

07/05/2013 - 08:46  

Divulgação/Agência Brasil
Educação - Sala de Aula
Não há dados confiáveis sobre superdotados no Brasil. 

Quantas são as crianças com Altas Habilidades/Superdotação no Brasil? São identificadas ou não? Onde estão? Quem são? Em quais áreas do conhecimento se destacam? Como podem contribuir para o crescimento social do país? Estas são algumas das perguntas que a Comissão de Educação pretende ver respondidas na audiência pública que realiza hoje, às 14 horas, sob o tema “A Política de Educação Especial ao Aluno com Altas Habilidades/Superdotação".

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 3% da população brasileira sejam superdotados. O instrumento legal de registro utilizado pelo Ministério da Educação é o Censo Escolar, mas este não obriga o educando atendido na condição de aluno com necessidade educacional especial a se declarar como tal, daí a ausência de dados confiáveis.

“Em relação aos alunos talentosos atendidos em programas específicos pela rede pública e particular, simplesmente falamos em um contingente de anônimos e em sua maioria negligenciados em suas necessidades específicas e desconhecidos pelas estatísticas oficiais”, afirma o deputado Nilmário Miranda (PT-MG), um dos autores do requerimento para a realização da audiência.

Enriquecimento curricular
Miranda cita a resolução no 4 do Conselho Nacional de Educação de 2009 que diz: "Os alunos com altas habilidades/superdotação terão suas atividades de enriquecimento curricular desenvolvidas no âmbito de escolas públicas de ensino regular em interface com os núcleos de atividades para altas habilidades/superdotação e com as instituições de ensino superior e institutos voltados ao desenvolvimento e promoção da pesquisa, das artes e dos esportes”.

“Todavia, apesar de as estatísticas mostrarem que o Brasil tem avançado no atendimento ao aluno talentoso, na prática, isto não ocorre”, continua o deputado. “Por isso, a sociedade e em especial os familiares de alunos com altas habilidades/superdotação entendem como sumamente necessária à construção de uma Política Nacional de Atendimento ao Aluno Talentoso”, conclui. O requerimento também foi assinado pela deputada Erika Kokay (PT-DF).

Participarão da audiência:
-a diretora técnica da Associação de Pais e Amigos para Apoio ao Talento (Aspat), Zenita Gunther;
-a pesquisadora Renata Maia;
- a secretária de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação do Distrito Federal, Macaé Maria Evaristo dos Santos (Confirmada); e
-a presidente da Associação de Pais, Professores e Amigos dos Alunos com Altas Habilidades/ Superdotação do Distrito Federal (Apah-DF), Valquíria Theodoro.

Também foram convidados, mas ainda não confirmaram presença:
-as professoras do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (PED-UNB), Ângela Virgolim e Denise de Sousa Fleith;
- a professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília- PED/UNB, Denise de Sousa Fleith;
- a gestora em Educação da Secretaria de Educação do Distrito Federal e integrante do Conselho Brasileiro para Superdotação, Marília Magalhães; e
- o secretário de Educação do Distrito Federal, Denilson Bento da
Costa.

A audiência será realizada no Plenário 4.

Da Redação/MM

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'.