Economia

Levy defende equilíbrio das contas públicas para retomar crescimento econômico

14/10/2015 - 21:47  

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reiterou ao Plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (14), a necessidade de o governo colocar o equilíbrio das contas públicas – chamado de ajuste fiscal – como primeiro passo para a retomada do crescimento econômico no País.

“Um orçamento de 2016 firme e robusto, com receitas necessárias ao início das reformas estruturais, é essencial para a recuperação econômica”, disse Levy, que participou de comissão geral solicitada pelo deputado Rogério Rosso (PSD-DF).

O ministro ressaltou que o equilíbrio das contas públicas não é um esforço exclusivo do governo: “É um trabalho do Brasil, e não uma coisa partidária”.

Custo
Levy destacou que o caminho para uma situação mais segura e sustentável envolve sempre um custo e deve ser trilhado o mais rápido possível. “É imprescindível, para o crescimento econômico, que haja esse clima de segurança fiscal”, comentou.

O ministro lembrou crises passadas e destacou a importância de ações rápidas. “Entre 1997 e 1998, o Brasil também desacelerou e abriu um grande deficit de conta corrente e isso tudo virou uma grande crise”, recordou. Segundo ele, a crise, no entanto, não durou muito porque o governo Fernando Henrique Cardoso tomou medidas decisivas, como a flutuação do câmbio, definição de metas de inflação e também um esforço fiscal.

Passo a passo
De acordo com o ministro, a política econômica do atual governo está baseada no que ele chamou de “1,2,3 para o crescimento sustentável”. O primeiro passo, explicou, é o ajuste fiscal; o segundo, o aumento da demanda, a volta do crescimento e do emprego e a possível queda da inflação; e o terceiro corresponde às mudanças estruturantes. 

Dirigindo-se diretamente aos parlamentares, o ministro informou que essas reformas estruturais, boa parte de cunho legislativo, são a garantia de que todas as ações vão se sustentar no futuro. “É preciso olhar a Previdência Social para dar uma visibilidade de futuro; facilitar os investimentos de infraestrutura; ver se há ajustes na legislação que protejam o trabalhador, mas que também tragam flexibilidade; além de elaborar uma lei de execução fiscal que permita ao governo ter mais capacidade de recuperar a dívida ativa”, exemplificou Levy.

Reportagem – Murilo Souza e Tiago Miranda
Edição – Marcelo Oliveira

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