Economia

Aumento da gasolina também gera divergência entre deputados

21/01/2015 - 17:49  

O governo federal anunciou na segunda-feira (19) que vai reajustar a incidência de PIS/ Cofins e da Cide sobre os combustíveis. O aumento conjunto dos dois tributos corresponderá a R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel.

Por causa da regra da noventena, que estabelece que a elevação de tributos das contribuições só pode entrar em vigor 90 dias depois do anúncio, o governo vai elevar agora apenas o PIS e a Cofins em R$ 0,22 por litro da gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel. Depois desse prazo, o reajuste do PIS/Cofins cai para R$ 0,12 para a gasolina e para R$ 0,10 para o diesel e a Cide corresponderá a R$ 0,10 por litro da gasolina e R$ 0,05 por litro do diesel.

A nova tributação deve aumentar a arrecadação do governo em 12 bilhões neste ano.

Para o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), mais eficiente que elevar impostos seria o Planalto diminuir a máquina estatal. "Não podemos concordar com esse "pacote de maldades", que recria e aumenta impostos. Dilma fez benesses com chapéu alheio e agora a conta está voltando muito mais salgada para o povo brasileiro pagar", declarou.

Governo
Já o deputado José Guimarães (PT-CE), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, afirmou que não se trata de um "pacote de maldades" e, sim, de ajustes necessários para o que País retome o crescimento econômico sem suspender os programas na área social.

"As medidas que foram anunciadas são todas dentro daquilo que é fundamental para o crescimento do País. Nada de estardalhaço, são ajustes que preservam os investimentos", disse.

Entre as ações divulgadas pelo Executivo estão também o aumento da alíquota de PIS/Cofins para importação e a elevação do IOF, de 1,5% para 3% ao ano.

Reportagem - Karla Alessandra
Edição - Marcelo Oliveira

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