Direitos Humanos

Câmara dos Deputados retoma o prêmio “Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós”

Premiação, que reconhece mulheres que se destacam pela contribuição para o pleno exercício da cidadania, em defesa dos direitos femininos e de questões de gênero no Brasil, teve sua última edição em 2009. Indicação das candidatas será feita por deputados federais até 31 de agosto

15/07/2016 - 15:52  

A Câmara dos Deputados retoma neste ano a premiação de mulheres que se destacam pela contribuição para o pleno exercício da cidadania, em defesa dos direitos da mulher e de questões de gênero no Brasil com a entrega do “Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós”.

A premiação, que teve início em 2004, foi realizada pela última vez em 2009 e, neste ano, será entregue no dia 1º de dezembro, às 9 horas, em sessão solene no Plenário Ulysses Guimarães.

A indicação dos nomes das candidatas será feita por deputados federais até 31 de agosto, por meio do preenchimento de um formulário. A escolha dos nomes das agraciadas será feita pela Comissão da Defesa dos Direitos da Mulher em 19 de outubro.

Conheça
Carlota Pereira de Queirós (13/02/1892 - 14/04/1982) nasceu na cidade de São Paulo. Médica, escritora, pedagoga e política, Carlota Pereira foi a primeira mulher brasileira a votar e ser eleita deputada federal. Ela participou dos trabalhos na Assembleia Nacional Constituinte, entre 1934 e 1935.

Formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1926. Membro da Associação Paulista de Medicina, da Association Française pour l'Étude du Cancer, da Academia Nacional de Medicina e da Academia Nacional de Medicina da Argentina, publicou uma série de trabalhos em defesa da mulher brasileira. Em 1950, fundou a Academia Brasileira de Mulheres Médicas.

Ingressando na política, foi eleita pelo estado de São Paulo em 1934. Seu mandato, em defesa da mulher e das crianças, foi dedicado a ações educacionais que contemplassem melhor o tratamento às mulheres. Ocupou seu cargo até o golpe de 1937, quando Getúlio Vargas fechou o Congresso.

Histórico da premiação
A primeira edição do prêmio, entregue em março de 2004, contemplou a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora nacional da Comissão Pastoral da Criança, vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); a feminista e escritora Rose Marie Muraro; a advogada e ativista Ana Montenegro; a educadora Maria das Dores Muniz, e a ex-presa política e ex-integrante do Comitê Brasileiro pela Anistia, Maria Amélia de Almeida Teles.

Em 2009, o prêmio foi entregue à então secretária de Mulheres de Pernambuco, Cristina Buarque; à então vice-presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social de Minas Gerias, Vitória Motta Leste; à presidente da ONG Sociedade Viva Cazuza, Lucinha Araújo; à ex-deputada Maria Elvira, e à assistente social Gilse Maria Westin Cosenza, anistiada política que atuou em várias organizações sociais.

O regulamento da premiação pode ser visto no link do prêmio.

Da Redação – Regina Céli Assumpção

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